ESTE É O BLOG DO CRONISTA ESPORTIVO MARTINS ANDRADE SOBRE O FUTEBOL CEARENSE.
FUTEBOL BAIÃO-DE-DOIS - O NOSSO FEIJÃO COM ARROZ.

sábado, 30 de agosto de 2008

Fortaleza desanda na Série B.

Domingo passado, 24 de agosto, em nosso programa na Radio Clube AM-1200, chamei atenção para o futebol que certos jogadores do Fortaleza estavam praticando.
Falei que alguns tinham que se cuidar mais, porque não estavam jogando nada. Sobretudo alguns veteranos.
Para não deixar dúvidas, citei nomes.
Erandi não vem conseguindo acompanhar o ritmo de jogo que a competição pede. Dá sinais dentro campo que a coisa não está boa fora dele.
Conhecido como um jogador de força e boa qualidade técnica, agora dá vexame com seu preparo físico precário e deixa a defesa tricolor em palpos de aranha, uma vez ser ele um jogador de função protetora, de combate.
Victor é outro jogador que não está numa fase muito boa. Tem chegado atrasado em lances bobos e cometido muitas faltas;
Fábio Araújo deixou seus gols em algum banco de reserva,e por ai vai.
A derrota para o Gama, hoje, trouxe à tona os problemas que citamos no domingo e fez o técnico Heriberto da Cunha abrir boca e soltar o verbo: “tem jogador que não esta rendendo o suficiente”.
E convocou a diretoria para se sentar com todos do grupo e rediscutir a equipe.
O grupo precisa de uma sacudida em todos os setores.
Individualmente, alguns atletas devem ser inquiridos para saber se desaprenderam, se estão passeando na barca, se estão doentes, que problema existe para que a diretoria possa tomar uma posição.
Ouvidos e atendidos, cobrança depois.


VOVÔ VOLTA A MANDAR NO PEDAÇO.
Ceará recupera-se e volta vencer no Castelão.
Depois da derrota para o Vila Nova, alvinegro recupera-se e vence a Ponte Preta, fazendo um bom jogo.
No primeiro tempo, muitas oportunidades foram desperdiçadas, mais por afobação na conclusão do que por falta de qualidade de arremate de alguns.
Vavá, Ciel, Marcos Paraná, Cleisson, todos perderam chances que, com uma dose de calma, poderia ter redundado em gols.

Ciel fez uma grande partida.
Jogador que se mexe, procura os lados do campo em busca de jogo, dá trabalho.
E quando tem a posse da bola é ousado. Vai prá cima do marcador. Enfim, o Ciel que o torcedor sempre quer ver atuando pelo Ceará.

Outro jogador que teve um bom rendimento contra a Ponte Preta foi o volante Michel. Foi bom na antecipação, marcou bem e quando houve necessidade, soube sair para o jogo. Vive uma excelente fase.
E dizer que era reserva do André...

Quem chamou atenção mais uma vez foi a atuação de Marcos Paraná.
Posso defini-la em duas situações: a primeira, quando tenta ser jogador de criação. Ë o homem que arma os contra-ataque dos adversários do Ceará. Erra demais. A segunda, quando se torna o terceiro atacante. Essa função ele realiza com certa eficiência. Chega bem e tem um bom arremate.
Hoje ele apareceu com uma terceira qualidade. Foi quando Lula Pereira sacou Vavá e Cleisson, e Marcos Paraná ficou um como se fosse um segundo volante. Foi só por alguns instantes, mas esteve bem. Acho que o Lula Pereira, assim sem querer, achou uma nova função para o Marcos. Te cuida Chicao!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O FUTEBOL DO ABSURDO

Ceará não foi bem.
Fortaleza também.
Não é um poema sobre a baixa produção dos times cearenses na noite de hoje, mas os dois parecem que estiveram no mesmo diapasão de um futebol, que rimou pela qualidade apresentada por ambos: ruim.
O torcedor cearense, neste campeonato nacional, alterna momentos de esperança e desesperança; fulgor e desespero; altivez e humilhação.
Quando as equipes conseguem engrenar dois jogos seguidos com alguma qualidade, renasce a esperança que, a partir dali, tudo vai melhorar e que aquele ímpeto vai continuar nos jogos seguintes.
O torcedor cria confiança, levanta a cabeça e passa a olhar a tabela com a altivez de quem sabe o caminho que está trilhando.
Esta situação psicológica dura até a rodada seguinte.
Fora ou em casa, cai por terra o entusiasmo. A realidade chega e com ela a desesperança, o desespero, que o faz desabar a cabeça, olhar enterrado no chão, humilhado.
Este é o cruel retrato do futebol cearense, que o torcedor não tem mais coragem de exibi-lo com o orgulho de antes.
Nosso futebol, nesse instante, tem a rima de Zé Limeira, o poeta do absurdo, que se vivo fosse deveria escrever versos dedicados aos dois times cearenses mais ou menos assim:
Fortaleza e Ceará estão jogando ruim
Tristeza do torcedor dói de fazer dó
Quando a bola vem prá cá eles correm para lá
A trave do adversário é apenas um buraquim
Já as traves dos de cá é tremendo buracão
Ceará e Fortaleza cantam como a perua
Êh, primeira divisão, é de pió a pió...

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