ESTE É O BLOG DO CRONISTA ESPORTIVO MARTINS ANDRADE SOBRE O FUTEBOL CEARENSE.
FUTEBOL BAIÃO-DE-DOIS - O NOSSO FEIJÃO COM ARROZ.

sábado, 26 de setembro de 2009

UM SORRISO DE CONFIANÇA.

Fortaleza venceu.

Em viagem não pude conferir as mudanças ocorridas, a despeito de saber que o tricolor tinha novo comando.

De longe fui informado do resultado: 3 x 0 sobre o Campinense.

Bom resultado.

Bom, não. Excelente!

Quem vinha rastejando no limo da segunda divisão, pés atolado na areia movediça do grupo excludente, teimando em não querer dali sair, nem apresentar resultados que representassem essa intenção, e de repente uma vitória convincente e de goleada, já sinaliza uma respirada grande!...

No entanto, estive lendo opiniões sobre escalações e posicionamentos do time e fique curioso em saber que houve mudança no primeiro (posicionamento) e manutenção do segundo (escalações).

Fui ver esta última.

Cadê o Kiko, o Saulo?

Não eram esses os dois pegadores de frente de zaga, onde um era mais meia do que volante, e o outro não pegava ninguém?

Então mudou!

Foi por isso que não tomou nenhum gol.

Se mudou atrás, e a frente continuou como estava, marcando os gols do time, então a esperança já pode voltar ao seio da família tricolor.

Já se pode prever um sorriso de confiança.

domingo, 20 de setembro de 2009

O NEOLIBERALISMO NO FUTEBOL CEARENSE.

O estado do Ceará já foi o maior produtor de algodão do nordeste.

Brigava com Pernambuco para ser a segunda, e às vezes a terceira economia nordestina.

Havia um rebanho caprino/ovino que era notório no concerto nacional.

Tinha uma empresa de eletrificação levando energia mais barata para a população.

Mesmo seco e dominado por coronéis, havia certa riqueza nas fazendas do nosso sertão.

Hoje já não se fala mais em algodão no Ceará. Importa-se de qualquer lugar onde se plante e estamos conversados.

Nosso rebanho caprino anda meio mambembe.

Venderam a empresa de eletrificação e se paga a energia mais cara do país.

São poucos os fazendeiros que ainda resistem...

E, tristemente, somos os penúltimos em economia na região.

Só ganhamos, talvez, do Piauí.

Coisas do neoliberalismo aqui implantado.

 
Mas no futebol também se implantou esse sistema macroeconômico de administrar.

E foi o Fortaleza Esporte Clube, com a sua atual diretoria, o escolhido para o teste.

Lá, também, se diminuiu o tamanho do time, reduziram-se salários, craques foram mandados embora, os mais veteranos da equipe receberam o boné, como se diz na gíria do futebol, e fez-se a reengenharia administrativa bem ao modo da cartilha neoliberal de administrar.

A coisa empolgou de tal modo, que seu presidente ao vencer o campeonato cearense de 2009, no auge da vibração, bradou nos microfones que encontrou pelo caminho, que a maneira como administrava o Fortaleza, havia aprendido com seu guru Tasso Jereissati.

Quer dizer, o senador foi o espelho de administração que o presidente do Fortaleza adotou para conduzir os destinos do clube.

A crise econômica enterrou o neoliberalismo no mundo inteiro.

Mas se olharmos a posição econômica do estado do Ceará ao final do modelo neoliberal, e a compararmos com a situação do Fortaleza, vê-se que a lição foi bem aprendida.

O Fortaleza alterna posições na ponta de baixo da tabela da série em que participa.

Atualmente é o lanterna da competição.

O discípulo está sendo fiel ao mestre.



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A LÁGRIMA, A ASSINATURA DE AMOR DO TORCEDOR.

Estamos iniciando a 25ª rodada do brasileirão série B.

A festa que foi o iniciar da competição, passa a ser um nó na garganta dos que começam a sentir a corda no pescoço. Aqueles que fazem parte do cadastro dos quatro últimos colocados, e resistem em dali sair.

O torcedor de desespera.

Olha para baixo e não vê mais ninguém. Pro alto, todos os demais.

Tenta avaliar o que causou tamanho descompasso e começa achar culpados.

Passa a olhar o dirigente de seu time como um inimigo, que não tomou providencias no momento mais oportuno, e deixou o barco correr solto.

Compara-o com o do time rival e do outro lado só vê virtudes. Desde o dirigente deles, àquele jogador que durante o campeonato local era considerado um perna de pau.

Eles se organizaram melhor, penitencia-se o torcedor ultrajado em seu orgulho de torcedor.

Sozinho, compara adversários, avalia-os e conta nos dedos possíveis pontos a serem conquistados.

Evita os torcedores do time que está melhor na tabela de classificação, mas não se encoraja a discutir as possibilidades do seu.

Foge quando os outros festejam alegrias.

Se esconde quando a discussão envereda pelo novo desenho das futuras competições nacionais, e o seu time é citado como mais um a ser rebaixado.

Essa possibilidade faz seu coração disparar...  Uma adrenalina que ele não sabe de onde veio, mas que incomoda.

Humilhado, chora escondido. 

E essa lágrima tem a mesma função de um registro em cartório: significa que seu amor é eterno.

A lágrima é uma confirmação.
É a assinatura de amor do torcedor.









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