ESTE É O BLOG DO CRONISTA ESPORTIVO MARTINS ANDRADE SOBRE O FUTEBOL CEARENSE.
FUTEBOL BAIÃO-DE-DOIS - O NOSSO FEIJÃO COM ARROZ.

domingo, 27 de julho de 2008

O MADUREIRA DO FINADO ZÉ CHICO

Havia um time suburbano, lá no Bairro João XXIII, chamado Madureira, cujo dono e treinador era um modesto cidadão chamado Zé Chico.
Apaixonado por futebol e pelo seu querido Madureira, Zé Chico tinha sempre uma explicação quando levava uma goleada: “O juiz roubou nosso time”
Zé Chico morreu, mas a explicação dele virou moda. Todo time que perdia de goleada, justificavam com o roubo do juiz.
Mudando do Madureira do finado Zé Chico, o torcedor do Leão anda cabisbaixo. Não é meio cabisbaixo. É todo.
Já faz tempo que o tricolor do Pici nada oferece à sua torcida para comemorar.
Aliás, minto, terça-feira teve uma comemoração que deu novo alento ao torcedor, que esperava a volta de novas vitórias.
Foi só uma ventania.
Ah, como seria bom se os nossos dois clubes estivessem fazendo uma ótima campanha no brasileirão!...
Infelizmente, dos dois, é o Leão quem rasteja.
Mas ainda há tempo.
Falei em um comentário atrás, que para se recuperar, o Fortaleza teria que iniciar uma melhora, o mais rápido possível, e isso teria que ser ainda nesta primeira volta.
A vitória conta o CRB bem que animou, mas veio o Marília e o pesadelo retornou.
Tem muito trabalho a ser feito.
Novas contratações também estão acontecendo. A diretoria trabalha, mas a reposta deve acontecer com a velocidade de um lançamento longo: preciso e rápido, senão não chega.
Jorge Verás, do alto de sua experiência, já iniciou algumas correções, sobretudo no setor de marcação na frente da zaga.
Falei muitas vezes que os dois volantes do tricolor voam e saem. O buraco fica.
Dude pode não ser o que se espera de um volante moderno, mas dá mais tranqüilidade aos detrás.
Falta romper uma implicância de não sei quem, que impede a escalação de Mazinho Lima como titular.
Paulo Isidoro já apresenta alguma melhor na saída de bola de meio campo. Se Mazinho chegar, também vai ajudar muito. E um outro problema que pouca gente tem mencionado, mas que existe: a defesa do Fortaleza não se acerta. Também ninguém sabe quem joga na próxima partida!
Se derem tranqüilidade ao Jorge Veras ele acerta o time.
Por enquanto o Fortaleza tanto apanha como dão nele.
Igual ao Madureira do finado Zé Chico.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

EM VERSO E PROSA

Parece que deram a dica para o Corinthians chegar aqui e insistir em usar um lado do campo apenas para tirar vantagem em cima da defensiva alvinegra.

Ou entregaram o vídeo do jogo contra o Barueri ao técnico Mano Menezes e ele analisou o que todo mundo já sabia; ou em último caso, o próprio Mano Menezes viu o jogo e observou que o Ceará cobre mal um dos lados, mercê de de um de seus volantes serem lentos para essa função.

Só sei que o Corinthians veio com força pelo lado direito da defensiva alvinegra com três jogadores triangulando em cima do bom ala Dedé.

Se deu bem, pra começo de conversa e inicio de jogo.

Conseguiu chegar ao fundo umas cinco vezes, arranjou a falta do primeiro gol...

Até que Lula Pereira acordou e puxou Mancuso mais para o lado quando o Ceara estivesse sendo atacado.

Nesse ponto, Mancuso foi mais eficiente que o titular Chicão porque, se este consegue sair bem, tem bom passe, na retaguarda cobre mal.

Mancuso somou mais essa qualidade às outras que lhe assemelham ao titular.

Daí ter sido mais eficiente. E mais: apresentou-se com maior visão de jogo.

O certo é que o Corinthians que ensaiou um passeio pelo seu lado esquerdo, parou quando o segundo volante Mancuso veio cobrir.

Este foi um momento tático que Lula Pereira conseguiu anular.

Equilibrada a retaguarda, o time de Lula Pereira foi jogar, mesmo porque, como já falamos, o Corinthians abriu o placar no momento de desarrumação e foi esperar o Ceará.

Mancuso sem bola fechava atrás. Com bola saia para jogar.

Outro fator importante, que convém ressaltar, foi a boa participação do Marcos Paraná no primeiro tempo. Junto com Cleisson, fez boa movimentação na parte de criação, já não perdeu tanta bola quanto nos jogos anteriores e ajudou a criar situações de dificuldades para meio campo e defesa do Corinthians.

Cleisson foi excelente na segurada de bola. Sabe fazer isso muito bem.

Na frente, Ciel criou também situações difíceis para a defensiva corintiana, apesar de finalizar mal, e não passar para ninguém, mesmo assim foi muito importante.

Todo jogador capaz de criar situações de dificuldades para a defesa adversária é importante.

Não importa se finaliza mal ou não. Muitas vezes o adversário nem sabe disso.

E o cambota Luis Carlos foi importante com sua presença de área, sobretudo quando recebeu a bola de Mancuso para o primeiro gol.

Bola alta, geralmente os atacantes querem bater de primeira, tentar o cabeceio...

Na bola que resultou no primeiro gol do Ceará, passe de Mancuso, o Cambota dominou com uma calma de matar qualquer um do coração, esperou a saída do goleiro e tocou.

Depois o Ceará passou à frente no marcador com gol de Luis Carlos cobrando pênalti.

O Corinthians empatou num erro do miolo de zaga do Ceará.

Mas esse tipo de falha na zaga alvinegra é cantado em verso e prosa pelos cantadores e emboladores do nordeste inteiro.

Tem até rima, que os violeiros chamam de mote:

Se o Ceará estiver vencendo
É bom não se alegrar
Antes do final do jogo
Sua defesa vai falhar

domingo, 20 de julho de 2008


CURTAS E RÁPIDAS

SOBRANDO NO CASTELÃO
Sol a pino e os refletores do Castelão acesos.
Das duas, uma: ou dinheiro muito, ou energia sobrando.

QUEM PERDE É O FORTALEZA
Fortaleza carecendo de maior poder de retenção de bola no meio campo, de maior qualidade de passe para os atacantes e o técnico Barbiere coloca mais um atacante.
Falei para os companheiros ao lado: “não vai dar certo”.
Não podia dar.
Quem faria a bola chegar neles?
O jogo pedia Mazinho Lima!
Mazinho Lima deve jogar e solto, como já fez neste mesmo Fortaleza, no Ceará, e com liberdade para criar.
Mas parece que tem uma pinimba com o jogador pelo lado de fora do campo, que não o estão colocando para jogar.
Besteira... Quem perde é o Fortaleza!

MORTO DE CANSADO
De tanto tentar recuperar bolas perdidas pelos meias do Fortaleza, Erandi morreu para o jogo exatamente aos 23 minutos do segundo tempo.
Diga-se de passagem: morto de cansado.

A PASSO DE TARTARUGA
As bolas longas para Léo Jaime estavam chegando, o jogador estava conseguindo avançar em velocidade, mas ou arrematava direto no gol, ou cruzava pra ninguém.
É que no Fortaleza os meias não chegam.

ATÉ PELA DIRETORIA
O terceiro gol da Ponte Preta foi moleza, moleza.
Lá no subúrbio, quando acontece um gol daquela maneira, o torcedor grita logo: passou até pela diretoria!

TEM QUE SER AGORA.
Ou o Fortaleza se arruma ainda nesta primeira volta ou vai se complicar mais.
Vejam bem: quem começou mal e vai se recuperando, a tendência é crescer mais, de tal modo que ao alcançar o meio do campeonato, já tenha um time equilibrado e lutando em pé de igualdade com as outras equipes, que também estejam crescendo.
Quem começou bem e está em queda de produção, caso do Fortaleza, ou retoma a um crescimento acelerado, ou vai cair cada vez mais.
A não ser que haja queda de produção dos que já atingiram o ponto máximo.
Mas nesse caso, não serão todos.
Ao tricolor de aço só resta uma alternativa: tem que ser agora.

BARBIÉRE DEMITIDO
“Barbiére não tem mais condição de permanecer. O time esta desarrumado. Tem que vir outra pessoa e arrumar!” Lúcio Bonfim, ontem.
Já tem outro desarrumado.
Barbiére perdeu o emprego.


A FADIGA DOS CRAQUES.
Coringão perdeu a invencibilidade.
Já havia empatado alguns jogos em que merecia ter perdido.
Algumas equipes que disparam em campeonatos longos, acabam tendo queda de produção lá pela reta final.
Há varias explicações para isso.
Primeiro uma espécie de fadiga que se apodera de alguns jogadores, e eles alternam boas e más apresentações; segundo, com a velocidade da informação, muitos outros treinadores têm como estudar o modo de jogar de cada equipe que enfrentarão; a terceira é decorrente das duas: os técnicos estudam o modo de jogar de cada treinador adversário e os responsáveis dentro de campo pela execução dessas jogadas são rigidamente marcados.
Como evitar. Um bom plantel com jogadores a altura para as substituições, e um treinador que tenha um leque de jogadas trabalhadas para alterná-las.
O G-4 DE CIMA.

Fortaleza perde para a Ponte Preta em pleno Castelão... Mais uma vez
Mais uma vez o tricolor mostrou desarrumação em seu meio de campo.
Falamos daqui que havia uma incerteza entre os dois homens encarregados de combate à frente dos zagueiros. Citamos os casos de Erandi/Rogério, Erandi/Leandro que teimavam em sair os dois, deixando os zagueiros ao deus-dará.
No jogo contra a Ponte Preta este problema de quem ficava, pareceu mais ou menos resolvido.
Outro problema se mostrou evidente, difícil de ser percebido por leigos em futebol, porém de uma importância extraordinária para quem o pratica e comanda, e que já falamos também neste blog: não há armadores no Fortaleza.
Erandi tenta fazer isso detrás, os adversários já perceberam e anulam essa jogada que o bom volante do Fortaleza tenta.
O técnico Barbiere bem que tentou, trazendo para a armação Eusébio, que com certeza alguém deve ter soprado em seu ouvido que, na base, jogava naquela posição.
Eusébio é um jogador que tem um bom toque de bola, alguma habilidade, mas falta-lhe força física para executar com mais perfeição aquela função. Há momentos no jogo que um meia precisa proteger a bola antes de tocá-la, esperando um deslocamento, ou necessitando de fazer uma jogada mais apurada. Se não tem como ter a posse de bola, acaba perdendo-a, ensejando contra-ataques, sacrificando os companheiros para tentar recuperá-la.
Raul também citamos em um comentário nosso, não tem um bom passe, e hoje mostrou que também não tem uma boa posse de bola. Perde com facilidade. Tem como condição para sua permanência como titular do tricolor apenas o bom arremate de longa ou meia distancia. Pode ser muita coisa para ele, Raul, porém muito pouco para um time, entendendo-se como time, o todo.
Da ausência de bons meias no Fortaleza resulta que os atacantes ficam sem receber, ou quando recebem, têm que resolver sozinhos;
ou a defesa tem que trabalhar mais em face dos constantes contra-ataques dos adversários.
O jogo de hoje mostrou isso.
Raul passeou dentro de campo, Eusébio não teve forças para suplantar seus marcadores, e Erandi de tanto correr para tentar recuperar bolas, pasmem, pregou.
A defesa do Fortaleza virou presa fácil para os atacantes da Ponte Preta.
Escolheram o lado esquerdo da defensiva tricolor e chegavam em tabelas rápidas, dois ou três, com um homem surpresa entrando em velocidade pelo meio, surpreendendo o zagueiro da cobertura.
Fizeram quatro. Valeram três.
Derrubaram Luis Carlos Barbieri, que sai sem nenhuma vitória e deixa o Leão do Pici quase na lanterna da série B.
A torcida se apavora. Time no G-4 de baixo começa a ter pesadelo com a terceira divisão.
É bem verdade que está longe, mas o tricolor tem que arrumar um lenço de competência e colocar no nariz porque a poeira vai começar a incomodar mais ainda.
Os clubes que se arrumaram no inicio da competição, vão aos poucos ganhando força coletiva e crescendo no campeonato.
Ao Fortaleza resta, ainda nesta primeira volta, retomar o crescimento de jogo, sob pena de comer poeira quando a curva do desespero tomar conta dos participantes. Sobretudo aqueles que ainda não encontraram a feliz estrada do G-4 de cima.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

COMENDO PELAS BEIRADAS.
Pelos lados foi por onde técnico Heriberto da Cunha ensinou seus comandados a chegar no gol do Ceará.
Por ali os alas do Barueri fizeram a festa no primeiro tempo.
Havia desproteção nos dois lados da defensiva alvinegros.
Dessa vez Michel não foi suficiente para conter as descidas rápidas do Barueri. Os outros jogadores que trabalham no setor de marcação de frente de zaga sempre complicaram.
Chicão é muito bom quando se trata de saída de bola, mas tem um pouco de deficiência quando tenta uma marcação mais forte. Falta-lheainda um pouco de velocidade nas coberturas dos lados. O outro volante que poderia dar mais força de marcação seria o Alex Brás, que também não esteve bem.
Um pouco mais à frente, Marcos Paraná não arma nem desarma, perde bolas com facilidade e erra passes demais para um jogador que necessita ter esse fundamento muito bom para trabalhar naquele setor. Todos esses aspectos citados sobrecarregam os detrás. Michel ficou muito sobrecarregado.
E teve ainda o fator duo de zaga, que no jogo de ontem foi abaixo do esperado. Falhas gritantes no miolo ensejaram facilidades de conclusões para os atacantes do Grêmio Barueri.
Três gols do time da casa vieram de bolas de lado ou de fundo e os dois zagueiros de área do Ceará não foram capazes de conter. Olhavam para a bola e esqueciam os atacantes, que até trocavam de lugar dentro da área alvinegra com a bola ainda viajando.
Ainda bem que ainda no primeiro tempo, embora um pouco tardio, o técnico Lula Pereira conseguiu dar uma parada nas investidas do Barueri pelos lados. Fez um dos volantes encostar no meia Ésley para não deixa-lo armar. Michel já reforçava a cobertura do Izaquiel e posicionou melhor Fábio Vidal para não levar tanta bola nas costas, quando o Marcos Pimentel passava.
Mas já havia tomado três gols.
Heriberto da Cunha comeu o Ceará belas beiradas.


CIEL AZUL.
Ciel foi o jogador que consegui dar mais sentido a uma equipe que joga fora de seus domínios.
Foi o diferencial do Ceará. Foi para a briga com força e habilidade e conseguiu equilibrar o jogo, porque fez o Heriberto da Cunha puxar dois jogadores para acompanhá-lo, o que liberou de marcação outros jogadores de meio campo do Ceará. Marcos Paraná ficou mais livre. Poderia ter rendido mais. Ficou só na beleza do gol marcado de longe, num belo arremate, surpreendendo ao goleiro do Grêmio Barueri.
Ciel foi uma surpresa, não pelas suas qualidades técnicas, já sobejamente conhecidas, mas pela vontade, a garra com que partia para cima da marcação, superando-a em muitas vezes. Fez dois gols, um de pênalti e outro de rara beleza, e ainda meteu uma na trave em cobrança de falta.
Foi a superação técnica de Ciel quem deu equilíbrio ao jogo.
Na noite de ontem em Barueri, o Ciel estava azul.

terça-feira, 15 de julho de 2008

OLHANDO PARA TRÁS


Falando ainda de Mirandinha, que começou no Tubarão da Barra, e disse que carregou pedras para construir a Vila Olímpica, lembrei-me de outros jogadores que passaram pela Barra carregando alguma coisa.

No curto tempo que passei por lá, havia o Stélio, que auxiliava o pessoal de apoio: roupeiro, massagista...

E o Stélio era o encarregado do gelo.

O gelo dos profissionais.

Acabava o treino, sol a pino, todo mundo corria para os alojamentos, cada um querendo chegar primeiro, e já estavam lá os copinhos, enfileirados com água e gelo, que o Stélio havia preparado.

Era uma festa!

E arranjaram um auxiliar para o Stélio: um menininho alourado, magrinho, perninhas secas, meio sarará...

Seria o geleiro dos juvenis.

A moçada pegava o geleiro dos juvenis e fazia troça com ele.

Amarravam a camisa em volta de seu corpo magrinho, pegavam gelo e metiam dentro.

E ele saia correndo, desamarrando a camisa, escrachando todo mundo!

Às vezes chorava!

O Stélio era mais parrudo, ninguém mexia com ele.

Mas o Grilo...

Pouco tempo depois os dois trocaram o saco de gelo por chuteiras.

Stélio e Grilo tornaram-se jogadores profissionais.

Grilo foi para o Sport Recife, fez sucesso, encerrou a carreira e está sempre pelo PV.

Stélio não sei onde anda...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

CURTAS E RÁPIDAS

PEGANDO A SELA
Presidente Lúcio Bonfim foi o entrevistado, neste domingo, do programa Debate Bola, da TV Diário, muito bem conduzido com a serenidade e fleuma de Tom Barros.
Entre uma e outra revelação, Lúcio Bonfim deu entender que já não havia mais clima para a presença de Marcelo Desidério no comando tricolor. “Alguns diretores já estavam se afastando...”, deixou escapar o atual mandatário do Leão.
De primeiro, no interior, quando a visita pegava a sela, os arreios do cavalo. o dono da fazenda já sabia que a pessoa queria ir embora.
No Fortaleza já havia “nêgo” pegando a sela.

FORTALEZA S.A
Revelou ainda o presidente Lúcio Bonfim que quer abrir a empresa Fortaleza Esporte Clube para investimento na bolsa de valores.
Parece que há investidores querendo aportar recursos financeiros no Leão, além do atual patrocinador.

LÚCIO OTONI DINIZ BONFIM
Lúcio Bonfim quer repetir Otoni Diniz, que quando foi presidente do Fortaleza transformou o Pici numa verdadeira fábrica de craques.
Na época o gerente dessa fábrica chamava-se Moésio Gomes. Subgerente: Luis Veras.
Foi um período de ouro para o Leão do Pici.
A fabrica produzia para consumo interno e externo.
Muitas fornadas de craques saíram dali.
Na sua gestão, Lúcio Bonfim quer repetir o feito.

VIAGEM LONGA, ESTEPE NOVO
Num campeonato longo como o brasileirão, os clubes necessitam das chamadas peças de reposição, se possível genuínas, bom jogador para substituir bom jogador.
Tem esse negócio de bonzinho como reserva, não.
Contudo é difícil essa situação.
Geralmente os reservas são só bonzinhos mesmos.
Vejam o caso do Ceará. Não contará com Dedé, Luis Carlos e Cleisson para o próximo jogo.
São jogadores já engrenados no time, e com certeza suas ausências serão sentidas, cada qual pela sua importância dentro do sistema de jogo que Lula Pereira está ajustando no Ceará.
Torcer para que, quem entrar, possa corresponder.
É assim mesmo, quem se arrisca numa viagem longa tem que ter estepe bom, se possível, novo.

domingo, 13 de julho de 2008

CURTAS E RÁPIDAS

O MOMENTO DE THIAGO CARDOSO
Goleirão Thiago Cardoso, do Fortaleza, vive seu bom momento.
Fruto do trabalho cotidiano, o goleiro tem que ralar muito para chegar ao ponto.
O reflexo é o que determina o bom momento que um profissional da posição vive.
Afora o arrojo, a coragem, que é determinante na vida de quem joga debaixo do gol.
Uma terceira condição é a colocação, fruto da orientação de quem o treina.
Thiago Cardoso está passando uma grande fase, mercê destas três qualidades: reflexo, arrojo e colocação.
Ontem, no clássico, Thiago Cardoso foi determinante para evitar uma goleada do Ceará, e provou seu grande momento naquela cabeçada à queima-roupa de Vavá.

A DANÇA DO CRÁ.
Jogadores alvinegros dançaram após a vitória frente ao Fortaleza.
No Castelão ainda lotado, dançaram a felicidade de vencer o rival e quebrar um tabu de mais de seis jogos.
Bom e bonito.
Ensaiaram a dança do Crá.

MICHEL,O GRANDE DESTAQUE DO CEARÁ
Michel foi um dos grandes destaques do Ceará no clássico de ontem.
Desarmou atrás e na frente.
Foi dele a roubada de bola para o gol de Vavá.
Era o primeiro volante, mas foi desarmar lá em cima.
Vivo, vivo no jogo o Michel!

PITACOS

Alguns enfoques dados por nós em nosso programa na Rádio Clube AM 1200, aos domingos de 19,30h às 21,30h, foram depois levados em consideração e postos em prática.
Vejam bem:
Reclamamos e cobramos que Vavá era o reserva imediato do ataque alvinegro, numa substituição entre Luis Carlos ou Ciel.
Lula Pereira teimava em colocar Luciano.
Vavá não só substituiu bem a um dos dois, como entrou, resolveu o problema e hoje é o titular e artilheiro do time;
Reclamamos, também, que Michel era mais marcador do que qualquer um dos volantes que o Ceará tem. Estava no banco.
Michel entrou, fixou-se e é hoje um dos grande destaques do Ceará.

Fortaleza:
Venho falando há bastante tempo que a equipe não pode jogar com dois volantes que saem pro jogo. Dois volantes técnicos.
Quando jogam Erandi e Rogério; Erandi e Leandro, a tendência é que um ou outro, de vez em quando saia para jogar. Ou os dois juntos. Fica o buraco.
Time em que os dois volantes são muito técnicos tem que garantir uma boa posse de bola.
Não é o caso do Fortaleza que possui jogadores habilidosos na frente, mas leves.
Se os volantes acompanham, e o atacante perde a posse de bola, no contra-ataque o time está morto.
Vejam se tenho razão e me escrevam.
AMIGOS, LOGO MAIS, 21,30h ESTAREI NA RADIO CLUBE AM 1200, NO PROGRAMA: MARTINS ANDRADE E VOCÊ.

VOCÊ PODE ACESSAR NO SEGUINTE ENDEREÇO: http://www.ceararadioclube.com.br/

AGUARDO VOCÊ.
CURTAS E RÁPIDAS

DO CLÁSSICO REI.

SENHOR DO BONFIM ATENDEU
O árbitro do Clássico Ceará x Fortaleza, o baiano Jailson Macedo de Freitas disse não acreditar em azar. Contudo não despreza uma medida do Senhor do Bonfim, aquela fitinha colorida que os baianos amarram no pulso e dão três nós, cada qual com um pedido.
Se dentre os pedidos de Jailson estava um para fazer uma boa arbitragem, Senhor do Bomfim atendeu.

FOGO NAS CADEIRAS.
Educação, civilidade andam longe do nosso torcedor.
Nas arquibancadas do Castelão, quase no final do jogo, alguns torcedores do Fortaleza atearam fogo nas cadeiras.
Perguntinha fajuta e imbecil: que diabo tem a ver as cadeiras do estádio com perda de penalidade, derrota de time e o descabau do judas?

INVASÃO DE ÁREA.
Quem estava mais confiante foi em maior número ao jogo.
Assim a torcida alvinegra encheu a parte destinada a ela e ainda pediu à polícia uma vaguinha na área dedicada ao tricolor.
A polícia atendeu.

CADÊ SIMÃO?
A ausência de Simão foi muito sentida pelo lado tricolor.
O homem surpresa que o jogador tem sido em vários jogos do Fortaleza, fez falta no clássico.

O CALCANHAR DO FORTALEZA
Paulo Isidoro anda as voltas com seu calcanhar.
Para o médico do Fortaleza Glei Maranhão, o jogador vai se submeter a uma bateria de exames para uma correta definição do tratamento.
Enquanto o calcanhar de Paulo Isidoro não fica bom, sem ele em campo, quem fica sem um calcanhar é o Fortaleza.

VENDA DO ALMOÇO
Aquele babado do ex-presidente do Fortaleza, Marcelo Desidério, que havia vendido o almoço para comprar o jantar, numa menção as dificuldades financeiras que o clube estava passando, ganhou faixa da torcida do Ceará, que estendeu uma na arquibancada, agradecendo ao presidente tricolor pela venda.

RÔMULO CORREU COM A SELA.
Corria notícia no Castelão que Rômulo, centro avante que pertenceu ao Fortaleza, já estaria no Sport Recife.
Como se sabe, o atraso de pagamento fez Rômulo correr com a sela.
E foi bater no Sport.

A PAZ É POSSIVEL
Parece que o clássico de ontem foi muito tranqüilo.
Pouco se ouviu sobre agressões.
Antes de o jogo começar, os mascotes de Fortaleza e Ceará se abraçaram, deram volta juntos pelo gramado, cumprimentaram as torcidas de ambos os lados...
Eles propagavam paz nos gramados, arquibancadas e na periferia dos estádios.
A paz entre torcedores é possível.

GILBERTO MATUTO.
Gilberto Matuto fez uma excelente partida no clássico.
Veloz, habilidoso, dono de potencial invejável, já, já, será um dos grandes alas desse campeonato.
Quando as jogadas eram trabalhadas pelo seu lado, levava muito desconforto para a defesa do Ceará com bolas, quase sempre, no segundo pau.

NÓ TÁTICO
Ceará matou a principal jogada de contra-ataque do Fortaleza.
Léo Jaime, o homem da velocidade, foi praticamente nulo com a colocação de um homem mano-a-mano e outro na sobra.
Bola curta o que estava próximo antecipava ou matava a jogada; bola longa o da sobra pegava.

TAILSON TAVA?
Tailson, seu companheiro, nem precisou dessa marcação toda...
Foi uma nulidade do principio até ser substituído.

LADOS EFICIENTES
Outra de Lula Pereira: sem bola os alas não passavam.
Só iam numa boa. Quando um homem de meio campo dominava, pro lado que ele se virasse, por esse lado o ala se adiantava.
Dedé e Fábio Vidal não perderam uma passagem, sequer.
Eficiência também é saber jogar pelos lados.

QUEM NÃO ACOMPANHOU
Aliás, dos quatro alas, só Eusébio destoou um pouco.
Faltou força física.
E pouco cresceu quando foi para a meiúca.

APOSTA DUVIDOSA
Marcos Paraná parece que enganou um bocado de gente.
Só jogou na primeira, naquele pedaço de tempo.
De lá prá cá, Lula Pereira tem sofrido, tentando fazer o Marcos jogar.
Eu ainda vou apostar.
Tenho certeza que ainda vai crescer...
Quer dizer, acho.

sábado, 12 de julho de 2008

VAMOS AO CASTELÃO!

Daqui a pouco tem um bom jogo no Castelão.

Ceará e Fortaleza fazem o primeiro clássico no Brasileirão.

A campanha dos dois esta na ordem inversa de quando começaram.

No inicio um Fortaleza voando em campo, recém saído de um campeonato brilhantemente ganho por ele, e um Ceará vindo de um péssimo desempenho nesse mesmo campeonato, e tendo que desmanchar todo time para remontá-lo para iniciar a série B.

Um, partindo das primeiras colocações no G-4, fruto do equilíbrio de uma equipe vitoriosa em que grandes nomes despontaram: Rômulo, Paulo Isidoro, Erandi, Preto, e outros; o outro, o Ceará, acanhado, desacreditado com Lula Pereira à frente, tendo que iniciar um trabalho partindo praticamente do nada, lá embaixo, próximo da zona de rebaixamento.

E crítica, muita crítica.

Hoje os papéis estão invertidos.

O Ceará apresenta uma evolução técnica muito boa, e cresce coletivamente. Quer dizer, apresenta certa força de conjunto.

Na contramão o Fortaleza se apresenta mais desarrumado com, praticamente, os mesmos jogadores vitoriosos do campeonato.

Fala-se que há problema de atraso, que algumas picuinhas entre diretores existem, mas para o torcedor isso não interessa.

Logo mais o clássico.

Nesse momento a crise se dissipa para os dois.

No clássico tanto faz um estar bem e o outro não.

Importa a vitória; anima aos atletas, dá mais consistência à diretoria e deixa o torcedor num mar de felicidade.

Vamos ao Castelão!

terça-feira, 8 de julho de 2008

CURTAS E RÁPIDAS
SALVE-SE QUEM PUDER!
Lula Pereira técnico do Ceará Sporting falou a repórteres, hoje, que o campeonato brasileiro está começando agora.
Alguém que esteja mais distante da realidade do futebol, poderá entender a afirmação do treinador do alvinegro como uma fuga, uma desculpa ou coisa qualquer. Poderá até questionar a assertiva do Lulão: começar agora? Mas já ha oito rodadas que esse troço começou e só agora o técnico do Ceará vem dizer que o campeonato agora que está começando?
Está certo Lula Pereira.
Quem nos acompanha no nosso programa aos domingos na Rádio Clube AM 1200, de 19,30h às 21,30h deve ter ouvido de mim, várias vezes, que até a sétima ou oitava rodada é que se poderia avaliar alguma coisa: times que têm potencial para crescer na competição, jogadores que também podem crescer juntos aos seus clubes, aqueles que poderão pipocar (clubes e jogadores), enfim, até aqui, quem se desmanchou e se refez, como foi caso do Ceará; quem contratou no inicio já vai podendo ver quem tem ou não potencial para desenvolver mais.
Daqui pra frente, cada treinador vai procurar criar opções de jogo, ensaiar jogadas e ter condição de dar força coletiva ao seu time através da repetição de escalação, uma vez que os titulares estão praticamente definidos.
Agora, sim.
Salve-se quem puder!

QUEM DÁ MAIS? QUEM DÁ MAIS?
Quente, mesmo, foi o jogo Crato e Barbalha, domingo no Mirandão.
Pessoas que estiveram no jogo, dizem que aconteceu de tudo.
Soltaram bombas no vestiário do Barbalha, colocaram sal grosso, bate-boca de diregente por causa das bombas. Um culpando a torcida do outro. Atraso de jogo, e gols, muitos gols.
Mas o que mais chamou atenção foi o preço dos ingressos.
Diga ai um leilão na bilheteria do estádio!
Quem dá mais? Quem dá mais?
E não era cambista, não!
A tabela marcava R$ 3,00 e iniciaram a venda por R$ 6,00.
Houve chiadeira de dirigentes e torcedores do Barbalha e o ingresso baixou para R$ 4,00.
Final: 4 x 3 para o Crato.

É DUVIDOSO DAR CERTO
E o Esquerdinha, artilheiro do campeonato cearense de 2008, foi para o Icasa e fez o único gol do Verdão do Cariri lá em Santa Cruz do Rio Grande do Norte, contra o time da casa, o Santa Cruz.
O dirigente de clube no Brasil, às vezes, tem atitude curiosa. Até preconceituosa.
Um jogador se destaca num time considerado pequeno, faz a diferença, consegue se sobressair lá, mas os dirigentes dos grandes não lhe dão a mínima!...
Jogador vive momento. Bom que esse momento sempre se repita.
Todos os clubes do mundo contratam jogadores pelo seu momento.
Até jovens atletas são contratados porque, naquele instante, estão vivendo um grande momento e o dirigente, o empresário, aposta que esse momento se repetirá na vida do noviço.
O Esquerdinha vive um grande momento desde o campeonato, e o nosso dirigente acaba apostando em jogadores que nem grandes momentos estão vivendo em seus clubes de origem, porque lá são reservas.
Não digo que trocam o certo pelo duvidoso.
Mas contratação assim é duvidoso dar certo...
OLHANDO PARA TRÁS
Encontrei Mirandinha na saída da rádio – Rádio Clube AM – 1200, Fortaleza.
Ele chegava para participar do Programa Rádio Ferrão, apresentado todos os domingos pelo pessoal da AAFAC, sob o comando do Saulo.
Cumprimentei-o, enquanto desarrumava meus apetrechos do programa que acabara de apresentar.
Mirandinha foi um dos grandes craques do futebol brasileiro, oriundo das categorias de base do Ferroviário Atlético Clube, de onde saiu quase “seqüestrado” para a Ponte Preta, que na época estava em Fortaleza realizando um amistoso.
Daí a pouco Mirandinha começou rodar o mundo, foi para a Europa, retornou para o Brasil, campeão pelo Fortaleza, enfim, Mirandinha é uma história de muito sucesso.
CURTAS E RÁPIDAS

TESE FURADA
O Paredão está de volta.
O posto era seu.
Se Lula Pereira optou por Adilson é porque não avalizou a atuação de Gustavo.
Analisemos a hipótese: meu reserva imediato entra no posto do titular.
Tese: Se o titular não puder jogar, então meu reserva imediato será o titular.
O reserva imediato é Gustavo.
Furou! Adilson era o terceiro reserva e vai jogar!

EMPRÉSTIMO B.O
Gritamos no nosso programa contra essa coisa de clubes cearenses servirem de vitrine para jogadores sem chances em seus clubes de origem.
Os clubes emprestavam seus jogadores, aqui eles desenvolviam um pouco, mas o suficiente para o clube que emprestara, mandar buscá-lo de volta.
O daqui ficava chupando o dedo.
Parece que o primeiro a tomar uma atitude contra essa situação está sendo o Ceará, que decidiu não ficar com o zagueiro Samuel.
No papo, os direitos federativos eram do Ceará.
Legalmente do União São João, que decidiria o que fazer com o jogador.
Bom para otário!

DE MÃO BEIJADA
O amigo Ribamar Bezerra continua de vento em popa, dando uma assoprada de coisas boas no tricolor. O que ele mais sonhava na vida era um dia poder ajudar seu tricolor de aço a ter um bom lugar para trabalhar a meninada. Um centro de treinamento.
O sonho está quase se materializando.
E o Fortaleza será que nunca sonhou?
Agora vai receber de mão beijada.


MAIS COMPANHEIRISMO
O centro avante Luis Carlos teve tudo para sair do Ceará.
Pensou, matutou....
Estava se dando bem, entrosado, querido pela massa alvinegra.
Resolveu ficar.
Já é um dos artilheiros da série B.
O cambota seria o artilheiro isolado, hoje, se tivesse havido mais companheirismo no jogo contra o ABC.

QUEM SABE, SABE?
Tailson desaprendeu?
Se a resposta for sim, está indo contra a máxima dos peboleiros que diz que: quem sabe não desaprende;
Se for não, vai ter que provar!...
E é hoje!

PSICÓLOGO OU REZADEIRA
Será um teste para o Fortaleza o jogo de logo mais contra o América-RN.
Se vencer, mesmo sendo o América um dos sérios candidatos para o rebaixamento, o grupo agregará confiança e partirá para os próximos compromissos subindo a moral.
Se empatar ou perder, chamem um psicólogo ou uma rezadeira...

FERRÃO NA LIGA DO QUINTINO CUNHA
No meu programa da Rádio Clube AM 1200, domingo dia 06/07/08, um ouvinte ligou para recomendar que o Ferroviário se filiasse à liga do Quintino Cunha porque não vislumbrava mais um futuro para o tubarão, nem no campeonato cearense, nem a nível nacional.
Sei não! O mundo dá tantas voltas!...
Mas fica o alerta para a diretoria e torcida
.

domingo, 6 de julho de 2008

CURTAS E RÁPIDAS

TRADUZAM
O que Luis Carlos, atacante do Ceará, quis dizer ao final do jogo quando falou que faltou companheirismo?
De quem?

***

A SAIA JUSTA DE FERDINANDO TEIXEIRA..
Ferdinando Teixeira quase veste saia justa.
Achou que massacraria o Ceará após a expulsão do Marcelo Bonan.
É tanto que tirou um zagueiro para colocar mais um atacante, achando que seu time ficaria com onze o jogo todo.
Jean foi expulso, ai foi o Ceará quem cresceu pelo meio.

***

LULA PEREIRA COMEÇA A ENCAIXAR
Técnico do Ceará, Lula Pereira fez uma aposta ousada quando assumiu a direção técnica do alvinegro de Porangabussu. Mandou um montão de gente embora, trouxe outro tanto.
Agora parece que a coisa começa a encaixar no Ceará.

***

CABEÇA INCHADA
Deve ser como se encontra a cabeça do torcedor do Fortaleza neste domingo.
Iniciar o brasileirão no grupo dos quatro de cima e agora estar no grupo dos quatro debaixo!..

***

FALTA UM BOCÃO
Pelo que se viu no jogo de ontem, falta uma pessoa que comande o Ceará por dentro do campo.
Tem jogadores viajados, mas falta um bocão dentro de campo, daqueles que gritam no momento certo e dão um chega prá lá nos que se excedem.

***

QUEM ENTRA?
Marcelo Bonan expulso, sobra uma vaga de goleiro.
Quem ocupa?

***

A CABEÇA DE RÔMULO
Após o jogo de sexta feira, depois de ter perdido um pênalti e desperdiçado uma chance de ouro com bola rolando, o atacante tricolor pediu calma nos microfones.
Faz sentido. Rômulo, apesar de ser um dos melhores jogadores do Fortaleza, ainda não é unanimidade no seio dos torcedores tricolores.

sábado, 5 de julho de 2008

FALTOU CATIMBA

Ceará fez uma boa partida frente ao ABC, mas deixou escapar uma vitória quase certa.

Foi um jogo onde houve predominância de atitudes de seus treinadores, que foram marcantes no desenrolar da partida.

Ferdinando Teixeira, ousado como sempre, fez trabalhar bem seus alas em descidas pelos lados do campo, onde Alisson foi o mais insinuante.

Nesse trabalho, os meias do ABC foram muito importantes, na medida em que ajudavam os alas a fazerem a passagem, enquanto puxavam os volantes do Ceará para os lados, abrindo espaços para lançamentos de meio, feitos pelos seus volantes, que armavam de trás.

No primeiro tempo o ABC fez quatro jogadas desse tipo, criando conflito de marcação na entrada de área do Ceará, onde um jogador, André Rancheria, estreava sem muito entrosamento com Dezinho.

Havia ainda o trabalho individual desse garoto Rodriguinho, habilidoso e de bom toque de bola, que abria seus próprios espaços, chamando os alas para um apoio mais eficiente, virando o jogo em profundidade, tanto para o lado direito, quanto para o esquerdo, o que resultou em muitos cruzamentos sobre a área do Ceará.

Essas duas jogadas criadas pelo ABC resultavam em muitas dificuldades para a defensiva cearense.

Nas bolas de meio, a confusão foi intensa, tanto que na primeira delas, quase o ABC marca, e a quinta resultou na expulsão do goleiro Marcelo Bonan, do Ceará.
Nas bolas de fundo, elas procuravam sempre o Valdir Papel, que se aproveitou da estatura mediana dos zagueiros cearense para ganhar algumas. Fez um gol de cabeça no primeiro e outro no segundo tempo.

Com 10 em campo e perdendo de 1 x 0, houve uma superação dos jogadores do time cearense, que chegou ao empate ainda no primeiro tempo numa descida de Cleisson, um dos melhores do jogo pelo Ceará, que contou com o apoio de Fábio Vidal para fazer o cruzamento e a complementação de Luis Carlos.

No segundo tempo o técnico do ABC imaginou uma coisa e deu outra.

Com sua visão de jogo, Ferdinando Teixeira retirou um zagueiro e fez entrar mais um atacante. Puxou um volante para a zaga porque o Ceará havia tirado seu meia para a entrada do goleiro reserva. Era a lógica do jogo e uma goleada à vista.

O que Ferdinando Teixeira não contava era com a expulsão do meia Jean, que mudou essa lógica e desestruturou a equipe..

Dez contra dez, agora era o Ceará que tinha espaço para jogar, e pelo meio.
Lula Pereira aproveitou a expulsão do jogador do ABC e fez crescer no jogo seus jogadores de meio. Cleisson, Chicão passaram a criar e sair mais.

Num contra ataque Chicão virou o jogo e noutro Luis Carlos ampliou.

Alvinegro cearense poderia ter segurado o placar, mas permitiu o empate em duas jogadas do ABC pelo lado direito. Fábio Vidal pregou e desequilibrou o sistema de marcação por aquele lado.

Valdir Papel cobrando e pênalti e de cabeça empatou o jogo e o Ceará deixou dois pontos em Natal.

Lula Pereira ainda tentou dar mais força técnica ao ataque com a entrada de Ciel.

A equipe ganhou força, velocidade nos contra-ataques, mas desperdiçou as chances.

Cleisson foi extraordinário para dar qualidade e equilíbrio nas saídas de bolas do Ceará, enquanto teve fôlego; Luis Carlos usou sua força física e aliou habilidade para aproveitar os contra-ataques. Foi solidário na luta; Vavá superou a marcação com alguns bons momentos de força e velocidade. Não teve grandes oportunidades no jogo e Ciel poderia ter sido menos individualista quando esteve no jogo. É habilidoso, limpa com facilidade, mas falta-lhe a solidariedade para a vitória.

O empate não foi justo. Ceará merecia a vitória, mas para segurar o placar faltou catimba.
COISAS DO FUTEBOL.

Jogando um futebol diferente, o Fortaleza perdeu ontem, no estádio
Castelão para o Vila Nova de Goiás pelo placar de 2 x 1.

O jogo apresentou aquilo que o torcedor costuma chamar de coisas do futebol.

Desenvolvendo um primeiro tempo quase impecável, o tricolor de aço não deu espaço para o Vila Nova.

Usando e abusando de jogadas rápidas, utilizando a rapidez e a habilidade de Léo Jaime, o dono da casa meteu três bolas na trave do Vila Nova ainda no primeiro tempo, mas nenhuma entrou.

O Fortaleza trouxe para esse jogo um meio campo diferente do que vinha atuando nas últimas partidas.
Rogério voltou como titular e fez um jogo com mais desenvoltura do que vinha fazendo antes de ser barrado.

Se antes saia para jogar, acompanhando os contra-ataques do time, no jogo de ontem guardou mais a posição e, ou ele ou Erandi só saiam quando tinham a posse da bola .

E essa posse de bola rendia bons contra-ataques,

Essa atitude evitou aquele passeio que as equipes adversárias faziam sempre que jogavam contra o tricolor de aço, quando os meio-campistas iam jogar, esqueciam de marcar e recebiam bolas nas costas, deixando no sacrifícios os zagueiros, que tInham que sair para combater, abrindo espaços muito bem aproveitados pelos atacantes.

No jogo de ontem o treinador Barbiere corrigiu esta postura e os volantes renderam mais, porque ficaram mais.

No primeiro tempo.

O segundo tempo mudou o campo de jogo e as atitudes também.

Givanildo Oliveira, que ainda no primeiro tempo colocou em campo Alex Oliveira para trabalhar mais a bola no campo de defesa do Fortaleza e segurar exatamente as saídas dos volantes, fez com no segundo tempo, os dois voltassem mais presos.
Givanildo conseguiu equilibrar mais aquele setor e o Vila Nova passou a render mais.

Logo no inicio do segundo tempo, o gol do Fortaleza numa cobrança de falta feita por Eusébio que Raul aproveitou.
Carlinho antecipou cobrança de escanteio no primeiro pau, empatou o jogo e calou a torcida tricolor, num prenuncio de que algo de ruim estava prestes a acontecer.

O pênalti perdido por Rômulo veio trazer mais intranqüilidade para o torcedor e o time.

A torcida exigia a vitória.
Essa ânsia contaminou os volantes do Fortaleza, que ao contrário do que fizeram no primeiro tempo, voltaram a atuar como nos primeiros jogos. Erandi e Rogério foram jogar mais adiantados.

Numa dessas saídas, o Vila Nova pega um rebote defensivo e arma contra-ataque mortal.
Virou o jogo e mandou o Fortaleza para a zona de rebaixamento.

O Fortaleza fez, ontem, talvez a sua melhor partida no brasileirão e não venceu.

Coisas do futebol.



CURTAS E RÁPIDAS.

Raul foi para o time principal do Fortaleza mais pela bom arremate de meia distancia que tem, que pela desenvoltura com que passeia pelo meio campo.
Não tem um bom passe, mas arremata com perfeição.
Ontem nem fez o que faz sempre, e bem; nem o que deveria fazer pela posição que ocupa – armar o jogo.
Mas deveria treinar mais passes longos. Melhoraria muito.

****
Túlio Maravilha é tão de área que até se mexendo lá dentro torna-se perigoso.

****
Paulo Isidoro fez falta, sim, pela carregada de bola e saída em velocidade com qualidade.

***

Muito bom o trabalho do Rogério. Precisa conter um pouco o entusiasmo quando sai para jogar.
Volante que faz gols pode fazer uma diferença tremenda, mas não é muito a função dele.
O segundo gol do Vila Nova careceu de um volante mais fixo.
Reinaldo foi sozinho de seu campo de defesa até a entrada da área do Fortaleza e não havia ninguém para lhe dar combate.

***

Rômulo tem muita garra, mas não precisa voltar tanto.
Essa volta repetida dificulta até o trabalho do outro atacante, que acaba ficando muito só e fácil de ser marcado.

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Só faltou um gol de Léo Jaime, no jogo de ontem, para enterrar de vez a tese de Lula Pereira sobre tamanho de jogador de futebol.
Deitou e rolou sobre a defesa do Vila Nova.
Infelizmente não fez um gol mas não apaga sua grande atuação.

***

Sem vitória não se justifica boa atuação de um time de futebol. Por melhor que tenha jogado, nada justifica a derrota para o torcedor.

***

Ceará entra em campo daqui a pouco. Pega o bom e bem treinado ABC, de Ferdinando Teixeira.
Vavá e Luis Carlos farão dupla de área.
Juntos formam um ataque de força(Luis Carlos), habilidade(Luis Carlos e Vavá), velocidade(Vavá), bom arremate(Vavá e Luis Carlos) e oportunismo(Vavá).

***

Vem caindo a renda dos jogos do Fortaleza.
Presidente Marcelo Desidério já chiou.
Por enquanto vende almoço para comprar o jantar.
Logo, logo, se o torcedor não ajudar, nem mel, nem cabaça...

***

Pênalti marcado pelo árbitro Antonio Hora Filho no Jogo Fortaleza e Vila Nova, gerou muita discursão.
No meu entender o árbitro esperou por uma suposta vantagem, que não deve existir quando se trata de penalidade.
Pouco adiantou. Rômulo perdeu...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

CURTAS E DIRETAS.

Cearenses mais uma vez em campo.
Fortaleza hoje, Ceará amanhã.
As duas torcidas de olho.
A do Ceará mais esperançosa.
A do tricolor mais precavida.

***
Justificativa mais que simples:
tricolor que parecia deslanchar
no inicio da competição, desce vertiginosamente para a zona de rebaixamento.
Já o alvinegro cola nos líderes...
Para quem não tinha nem um time para colocar em campo no inicio da competição, é muito alentador para seu torcedor.
Aguardemos, pois...

***

Como é fácil ganhar dinheiro no futebol.
Hoje, basta ser alto.
Veja o caso Washington, do Fluminense.
Um atleta quase perfeito:
Alto como manda o novo figurino do futebol;
Forte como quer todo preparador físico;
Sem vícios como deseja qualquer treinador e diretor de clube...

***

E a bola?
Lento e sem arranque como um pangaré em fim carreira;
Arremate mais fraco do que chute de elefante de circo;
Pontaria de arqueiro cego...
Tinha que perder o Fluminense!

***

Um lance do jogo do Fluminense fez-me lembrar Finazzi,
aquele centro-avante que passou pelo Fortaleza.
Foi num campeonato brasileiro, se não me falha a memória.
Numa arrancada igual à de Washigton, atacante do Fluminense, que foi lançado de primeira, bola na frente, zagueiro atrás, no jogo contra a LDU.
Finazzi também recebeu um lançamento muito parecido, só que contra dois zagueiros, que tentaram segurá-lo pela camisa, por trás.

***

Finazzi arrancou, rasgaram-lhe a camisa, ele permaneceu em pé e finalizou com felicidade.
Washigton preferiu cair ou não teve força para permanecer de pé.
Perdeu o gol, o Fluminense perdeu o jogo e o futebol brasileiro foi mais uma vez vice da libertadores.

E o Washington tão grandão!...

***


Ciel foi perdoado pela diretoria do Ceará.
Mais uma vez o jogador aprontou.
Agora os amigos evangélicos vão tentar reverter a situação.
Todos precisam de ajuda.
Todos precisam de uma mão para os instantes em que o espírito fraqueja.
De todas as mãos a mais importante é a de si mesmo.
Nenhuma força será tão grande, se outra de mesma intensidade não partir do âmago dele mesmo.
Chama-se impulso.
É uma lei da física que vale para o espírito humano também.
Força, Ciel!

***

terça-feira, 1 de julho de 2008

A MERCÊ DE EMBRIAGADOS


Futebol brasileiro no geral e o cearense em particular sofrem com o alcoolismo e a droga química.
Grandes craques têm enterrado suas virtudes em copos de bebidas, em carreirinhas de cocaína ou charutos de maconha.
O futebol cearense tem sofrido na pele esses desacertos de comportamento de seus principais craques.
Isso se tornou mais público nas últimas três décadas.
Muitos craques despontaram para a fama, foram promessas, mas encerraram seus futuros na masmorra do vício.
O cearense mais vivido há lembrar os grandes craques que aprontaram sob o império do vício.
Numa época em que o talento superava a pouca condição física de alguns, até que o torcedor e o dirigente entendiam e toleravam.
Grandes talentos se exacerbavam no álcool e drogas químicas, iam para a "barca”, freqüentavam cabarés em véspera de jogo e muitos dirigentes iam buscá-los, davam-lhes um banho gelada e estava em forma novamente o grande jogador para desmanchar os cabeças-de-bagre. Aqueles que nada jogavam.
Hoje, com o desenvolvimento de técnicas de preparação física, que condicionam mais o atleta, no sentido corpo, que o jogador, no sentido talento, é fundamental que o virtuoso de talento cuide de seu instrumento físico. Seu próprio corpo.
Observa-se que o passado está se repetindo na vida de alguns talentos de hoje, porém de maneira nada promissora.

É que o cabeça-de-bagre de hoje está preparado fisicamente para enfrentar o talentoso, com tanta eficiência, como se virtuoso fosse!
Ou craque de hoje toma consciência que é um doente de qualquer vício, e que é necessário se curar; que está se prejudicando e pondo em risco sua brilhante carreira; que com sua atitude está causando prejuízo a terceiros - torcedores, dirigentes, o clube que o contratou para jogar futebol;ou do contrário, assistiremos a derrocada desse futebol e os clubes, dirigentes, torcedores, imprensa, ficarão eternamente a mercê de embriagados.

LEMBRANDO JORGE LUIS.

Barbiere está chegando ao Fortaleza e já está pedindo um monte de jogadores.

Jorge Luis foi treinador do Icasa em 2006.
Estava na média de outros treinadores.

Em idade e conhecimento sobre táticas de jogo.

Mas Jorge Luis proferiu uma frase, que passou despercebida pelos formadores de opiniões, quando deveria ter tido uma interpretação mais contundente.
Certa noite, após um jogo do Icasa no estádio Presidente Vargas, o velho PV, numa entrevista a um repórter cujo nome não me recordo e a emissora também, e que por isso peço desculpa por não lhes dar o crédito, Jorge Luis foi inquirido sobre o porquê de não ter um empresário que lhe intercambiasse para um centro maior, porque na visão do repórter, Jorge Luis tinha virtudes para isso.

O técnico do Icasa respondeu com uma pérola, que bem espelha a razão de certos treinadores já chegarem aos seus novos clubes com uma lista homérica de contratações à mão:

“NÃO TENHO E NEM QUERO!
O EMPRESÁRIO ARRANJA EMPREGO PRA GENTE, DEPOIS QUER QUE A GENTE EMPREGUE AS BOMBAS QUE ELES NOS MANDAM!”

Estava lendo sobre o Barbiére e me lembrando do JorgeLuis...

NOSSOS AMIGOS PATROCINADORES