ESTE É O BLOG DO CRONISTA ESPORTIVO MARTINS ANDRADE SOBRE O FUTEBOL CEARENSE.
FUTEBOL BAIÃO-DE-DOIS - O NOSSO FEIJÃO COM ARROZ.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

ARTIGO

PELOS RALOS DOS BANHEIROS


Há algo de sério na condução do desporto por parte do governo estadual.

Observa-se, que há mais determinação em resolver os problemas dos equipamentos para prática desportiva no estado do Ceará.

O atual secretário Ferrúccio Feitosa tem se empenhado para solucionar os problemas surgidos, e atacá-los de frente.

Espera-se que a solução seja a definitiva.

O que não aconteceu nas outras reformas.

Ali, na reforma em 2002, foram enterrados mais de trinta milhões de reais.

Dinheiro suficiente para capacitar o equipamento com várias estruturas, que dariam ao Castelão uma feição de estádio de primeiro mundo.

Placar eletrônico de ultima geração, novos bares, restaurantes, alojamentos, centro de convenção, tudo isso estava previsto no orçamento de trinta e poucos milhões de reais.

E divulgados num vídeo que a mídia tratou de mostrar.

Mas logo escondido, depois que se concluiu que o volume gasto não recuperou, nem modernizou o equipamento público.

Dinheiro que virou lama nos pés de quem se atreve a praticar futebol ali.

Assisti ao vídeo duas vezes.

A primeira, com o entusiasmo da esperança de que, finalmente, teríamos um equipamento ao nível da grandeza de nosso futebol.

A segunda, com a tristeza e a certeza de que minha esperança havia virado água, e o dinheiro lama.

Já neste governo, assisti a apresentação do relatório dos colegas, técnicos da UFC, ao secretário Ferrúccio Feitosa, sobre as condições de drenagem do gramado do Castelão.

E o vídeo há tempos assistido, veio-me à memória...

Havia um ultramoderno placar eletrônico, que só amanhã, depois de sete anos, estará ao alcance dos meus olhos.

E a volumosa quantia para modernização do estádio, sumiu.

Se os drenos sequer funcionam, deve ter sumido pelos ralos dos banheiros.



CURTA & RÁPIDAS

A VANTAGEM É DO CEARÁ
Ceará é o favorito.
Não tem a menor dúvida.
No primeiro jogo teve mais competência onde faltou ao Ferroviário.
No ataque.
E aquela história de que o Tubarão dominou o jogo foi verdade, mas não fez gol.
E no futebol ganha quem faz mais...
Na decisão a vantagem é do Ceará.

PORQUE...
Quem se der ao luxo de rever o gol do Ceará, no primeiro jogo da decisão, vai ver que o meio de campo Coral ficou no meio do caminho.
No contra-ataque alvinegro os atacantes do Ceará chegaram.
Alex Gaibu pegou o rebote sozinho e escolheu.

SÓ UM FINALIZA
Outro detalhe que fez e fará a desvantagem do Ferroviário amanha é a capacidade de finalização.
Se Léo Jaime não tiver espaço, o Ferroviário perde muito de sua capacidade de concluir
João Neto é o Fernando de outrora.
O espetaculoso.
Cisca mas não finaliza.
Ou tem medo de chutar.
Ou não chuta bem!...

MAIS OPÇÃO
O elenco do Ceará faz a dor de cabeça de seu treinador.
Zé Teodoro tem mais opções.
Pode segurar a defesa do Ferroviário com uma dupla de atacantes mais fixos em um tempo de jogo, e substituí-los em outro tempo com mais velocidade.
Ao seu critério.
Desde que não sofra um gol primeiro.

FICOU COM A BOLA, MAS PERDEU O JOGO
Zé Teodoro poderá adotar a mesma tática, utilizada no primeiro clássico, para anular a velocidade de Léo Jaime e retirar seus espaços.
Colocou um zagueiro bem atrás para cortar as bolas longas, especialidade do atacante do Ferroviário.
Forçou o Tubarão a trocar passes na intermediaria.
A meninada coral ficou mais tempo com bola, mas perdeu o jogo.

SUGESTÃO CORAL.
Amanhã, algumas providências deverão ser tomadas pelos dois treinadores.
No Ferroviário, Lira terá que arranjar uma segunda opção de finalização para não ficar tudo nas costas de Léo Jaime..
Chegando pelos lados poderá surpreender até com o próprio João Neto.
Pelo meio, pode ter sucesso com a passagem de um dos meias, vindo mais de trás.
Que pode ser Diego ou Ernandes.
Se Leonardo jogasse ali, seria melhor.
Já fez um gol antológico contra o Fortaleza naquela posição.
E evitar a passagem de Boiadeiro e as assistências quase perfeitas de Fábio Vidal.

SUGESTÃO ALVINEGRA
Zé Teodoro, pela nossa ótica, terá que anular as bolas longas para Léo Jaime e diminuir seus espaços na frente da área.
João Neto, mesmo sem ser um bom finalizador, segura muito a bola e é habilidoso.
Pode complicar, desmontando a frente de zaga alvinegra, e abrir os espaços que o Léo Jaime vai precisar.

ALERTA GERAL.
Nenhum deve se descuidar dos contra-ataques.
Ambos têm balas nas agulhas.
Se Lira tem Léo Jaime e João Neto, Zé Teodoro tem Misael e Edu Sales.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

ESTRANHAS ESQUISITICES

Coisas esquisitas estão acontecendo no futebol cearense há pelo menos uns três anos.

Um futebol adulto não pode deixar que esse tipo de esquisitice perdure.

Para o bem do futebol e sua credibilidade.

A continuar com essas lamentáveis coincidências, o descrédito vai tomar conta, e com certeza, afastará mais ainda o torcedor dos estádios.

Fatos provocados, visando favorecer time A ou B numa competição, só contentam alguns tipos de torcedores.

A maioria recusa esse tipo de favorecimento.

Ninguém deseja ir a um estádio de futebol já sabendo que seu time será favorecido de alguma maneira, na hora do jogo.

Muito pior, se o resultado pode ter sido definido muito antes.

A primeira esquisitice ocorreu em 2006, quando o Ferroviário vencia um jogo contra o Itapipoca por 4x0.

O jogo foi no estádio Presidente Vargas, no dia 31 de janeiro de 2006.

Stenio, atleta coral, era o jogador de maior destaque do time.

Só não fazia chover em campo.

Quem vence um jogo de futebol de quatro a zero, e ainda por cima jogado bem, nada tem de que reclamar.

Pois o árbitro daquele jogo, Paulo Silva, arranjou uma reclamação do melhor jogador do Ferroviário, Stênio, e lhe deu um cartão amarelo, para logo em seguida, aos 47 do segundo tempo, expulsar-lhe de campo.

Esse jogo foi na quarta-feira e o Ferroviário enfrentaria o Ceará no domingo.

Stenio saiu de campo chorando e desfalcou o Tubarão da Barra, que ficou sem seu melhor jogador para enfrentar o Ceará.

Outra esquisitice aconteceu neste sábado, 14 de fevereiro de 2009.

O Ferroviário enfrentava a Maranguape e precisava vencer.

Trouxe de volta seu grande nome, Léo Jaime, que segundo a crítica, é o melhor jogador do campeonato.

Léo Jaime entrou em campo no segundo tempo, quando o Ferroviário perdia de 1 x 0, e foi logo empatando o jogo.

Correu para a galera como já fizeram tantos outros grandes goleadores no Castelão: Sérgio Alves, Stenio, Alex Gaibu, Geraldo, Marcelo Nicássio, Jangada, Croinha...

Fez o segundo, o da virada, e a felicidade o empurrou novamente para a torcida, e ficou de pé, braços erguidos, vivendo sua felicidade, assim como faz Sergio Alves comemorando um gol, quando fica próximo ao fosso do estádio, transmitindo vibração para seu torcedor.

Mas Léo Jaime não é Sergio Alves, e foi advertido com cartão amarelo.

Logo em seguida, um falta, e novamente o Ferroviário teve seu melhor jogador expulso aos 45`, 45” do segundo tempo.

Assim como aconteceu com Stenio, naquele longínquo 2006, Léo Jaime também saiu chorando.

Não entende porque outros atletas podem comemorar seus gols junto a sua torcida, e não são advertidos.


E ele não poder fazer isso!

Fica de fora do próximo jogo do Ferroviário.

O primeiro jogo que inicia a decisão do primeiro turno do campeonato cearense de 2009.

Essas esquisitices já marcam o futebol cearense de forma negativa.

Pode ser que não haja maldade nenhuma no árbitro, que alega cumprir a regra.

Regra essa que só vale, ao que parece, para alguns.

É que, coincidentemente, o próximo jogo do Ferroviário é contra o Ceará.

Isso leva o torcedor a ficar matutando...

Pensando nessas estranhas esquisitices.



CURTAS & RÁPIDAS

O QUINTO ÁRBITRO
Escrevi artigo sobre o quinto árbitro.
Relatei uma reclamação do técnico Lira, do Ferroviário, que vira o quarto árbitro recebendo ligações de uma pessoa, fora do jogo, dando ordens aos que dirigiam a partida.
É lamentavel que isso esteja acontecendo no futebol brasileiro.
O fato acaba de ser comprovado em São Paulo, no jogo envolvendo São Paulo e Corinthians, ontem 15/02.

PODE MUDAR UM CAMPEONATO
Essas atitudes são praticadas por pessoas que têm algum poder sobre a arbitragem.
Seja quem for, é uma atitude coercitiva e pode mudar o resultado de uma partida de futebol.
Dependendo de qual time torça, ou atendendo a pedidos de pessoas inescrupulosas, essa grotesca figura, com um simples celular, pode também mudar o rumo de um campeonato inteiro.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ARTIGO.
A CORDA VEIO DE FORA.

Federações de futebol são entidades privadas, que não costumam prestar conta de seus atos ao público externo.

No caso, nós torcedores.

Muitas sobrevivem de doações, sobretudo da alcunhada “madrasta”, nacionalmente conhecida como Confederação Brasileira de Futebol, ou simplesmente: CBF.

É ato e fato corriqueiro, que todo final de ano a entidade nacional transfere recursos para as federações estaduais.

E não é pouco, conforme ficou evidenciado na CPI do futebol, cujos resultados culminaram com a abertura de vários processos contra seu presidente Ricardo Teixeira.

Mas a verba repassada pela CBF às federações, não é uma doação a troco de nada.

Se pela via direta o dinheiro faz a festa das federações e seus apadrinhados, na contramão vale voto.

E essa é uma das artificialidades que tem eternizado os presidentes da entidade nacional.

O “é dando que se recebe” entre a CBF e suas confederadas é uma regra.

A nível estadual há também essa eternização.

E a mão que vai lavar a outra, nas relações das federações estaduais com seus filiados, nem sempre vale dinheiro.

Mas pode valer facilidades.

É o que se imagina que pode ter ocorrido com o caso da tentativa de abonação dos cartões amarelos, por parte da federação cearense de futebol, para os jogos finais do primeiro turno.

O presidente, em ato isolado, anistiou todos os atletas que estavam pendurados com dois cartões, para que eles entrassem limpos na disputa do final do turno.

Essa anistia era um fato corriqueiro no futebol cearense, e o tribunal de justiça desportivo da federação, que se lembre, nunca se posicionou contra.

Pelo menos até esse último caso, quando tomou posição e invalidou o ato presidencial.

Se anistiar é, ou não, uma função do presidente da federação, não vai ao caso.

Ressalte-se, nesse ato, a tentativa da mão e contramão.

Agradar aos filiados, mesmo descumprindo a lei, porque já, já, vai haver nova disputa eleitoral, deve ter sido um dos motivos que levou o presidente a decretar o ato.

E dirigente de clube contrariado é voto contra.

Para essa batalha eleitoral, que se avizinha, a federação promove todo tipo de jogo.

É isso que pode estar também acontecendo.

Para garantir apoio e veiculação de seu candidato na mídia, a mentora estadual parece se aliar com todo tipo de gente, e pega corda, e aceita qualquer sugestão.

Mesmo sendo de pessoas, que se beneficiam do futebol, mas para concorrer em outro tipo de eleição.

Essa anistia causou um dano e mostrou uma certeza ao público externo: o desportista cearense.

Houve dano moral para a autoridade federativa, porque bastaria ele consultar qualquer membro da corte judicante de futebol, que se situa no mesmo prédio da federação, para saber que aquele ato seria irregular.

Com certeza a “corda” veio de fora.



COMENTÁRIO.

O técnico do Fortaleza Casemiro Mior vociferou, antes do clássico de ontem, que colocaria seu time em campo explorando o lado esquerdo da defensiva alvinegra onde joga o ala Fabio Vidal.

É que este jogador, constantemente vive no DM alvinegro, e vez em quando, não reúne condições físicas para jogar os noventa minutos.

E armou seu time para sair em contra-ataques por aquele lado.

Tentou fazer o trabalho, inicialmente com Wanderley e Elvis.

O primeiro receberia nas costas de Fabio Vidal, enquanto Elvis faria a passagem, recebendo na frente.

O famoso um dois.

E deixou Adailton flutuando pelos lados, uma vez ser este possuidor de muita força e velocidade.

Quebraria o sistema de defesa alvinegro.

Deve ter treinado bastante essa jogada, mas não deu certo.

Primeiro porque, ao avisar que jogaria por ali, o técnico do Ceará, Zé Teodoro, tomou as providencias de praxe, e puxou um volante, no caso Chicão, mais para o lado, e fechou a passagem.

Depois, colocou um velocista habilidoso - Misael, para atanazar a defesa do

Fortaleza e jogar nas costas de Elvis, que saia para jogar.

E Boiadeiro, do outro lado, prendia o Fortaleza atrás.

E o Fortaleza, que treinou para fazer uma coisa, acabou caindo em outra situação inesperada: o erro de marcação de seus volantes.

Viu-se Geraldo, meio campista do Ceará, recebendo bolas nas costas dos volantes do Fortaleza.

Isso obrigava um ou mais zagueiros sair para combater na intermediária, abrindo mais espaços para o adversário.

O Ceará consegui dominar o Fortaleza em quase todo primeiro tempo.

Mas, mesmo jogando mal, foi o Fortaleza quem abriu o placar do clássico, numa jogada acontecida pelo lado onde não trabalhou.


O lado direito da defensiva alvinegra.

Guto fez a jogada e Marcelo Nicássio aproveitou o rebote.

O segundo tempo veio com mudanças.

O Fortaleza tentando se garantir, reforçou a marcação.

Esqueceu que Fabio Vidal pode não ter gás para suportar um jogo inteiro, mas tem qualidade técnica suficiente para colocar uma bola onde quiser.

E fez um passe longo na cabeça de Sergio Alves, que acabara de entrar, e empatou o jogo.

Um justo placar para o clássico.




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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

ELES NÃO CHUTAM!
Se o Ferroviário vencer ao Maranguape e vier a decidir o primeiro turno, terá a seu favor dois fatos curiosos.
O primeiro é a própria decisão do turno, coisa que há muito não acontece com o Tubarão da Barra.
E que poderá acontecer, se no próximo sábado, quando enfrentar ao Maranguape, num jogo de vida ou morte, essa vitória venha a se concretizar.
É que o Tubarão empatou o jogo desta quarta-feira, teve dois jogadores expulsos e ainda perdeu uma penalidade a seu favor.
Sábado quem ganhar o jogo, leva a classificação e vai decidir o turno com o vencedor de Ceará e Fortaleza.
Outra curiosidade a ressaltar no Ferroviário são seus atacantes.
Com artilheiros de poucos gols, o Ferroviário tem apenas a conta do chá, em matéria de gols, para vencer seus jogos.
Sobretudo depois da contusão de Léo Jaime.
Mas de vez em quando alguém abre uma brecha nessa irregularidade e aborta, como se diz na gíria do futebol.
Aconteceu com o atacante João Neto, no jogo do último domingo, quando fez três gols contra esse mesmo Maranguape.
Abortou.
Essa é a curiosidade, que salta aos olhos, nos atacantes do Ferroviário.
A dificuldade para fazer gols.
São habilidosos, tem velocidade, mas se não complementarem uma jogada começada atrás; se não houver uma condição de tabela, ou uma jogada trabalhada para um deles, não tem gols.
Eles não chutam!

CURTAS & RÁPIDAS

DIEGO ENTROU EM CAMPO?
Alguém na Barra do Ceará tem que alertar ao Diego que, quando estiver em campo é para jogar.
Ou ele nem entrou em campo contra o Maranguape?

CHUTAM DE ONDE PEGAR
Maranguape tem os dois atacantes mais perigosos do campeonato.
Carlos Alberto e Danilo Pitibul batem bem na bola e são oportunistas.
O perigo para os adversários pode estar longe ou perto.
Os dois viram bem de qualquer distância.

JUÍZO E PAZ
Daqui a pouco tem o clássico.
No Castelão as forças se igualam.
Ceará e Fortaleza têm a força.
Esperar que na arquibancada, e fora do estádio, haja juízo entre os torcedores e muita paz.

VER NO CEARÁ
Jogo de logo mais entre Fortaleza e Ceará reserva alguns destaques para determinados jogadores.
No Ceará, Michel e sua pegada forte, será um destaque esperado.
Sérgio Alves e sua batida de meia distância também é esperada no jogo.
As incursões de Boiadeiro em velocidade pelo lado direito, sempre acontecerão.

VER NO FORTALEZA
Já pelo lado tricolor o torcedor vai ver as flutuações de Adailton, entrando por um lado ou outro, confundindo o adversário;
O crescimento de Wanderley, que voltou a surpreender, sobretudo na batida de longe.
O amadurecimento de Bambam, que cresce como profissional e com o time.
Enfim um clássico que poderá apresentar outras surpresas, como sempre acontece

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

LIRA GANHOU O JOGO
Fernando Polozzi não é bobo.
Arnaldo Lira também não.
O primeiro foi pego de surpresa ainda no primeiro tempo.
Corrigiu-se, equilibrou o jogo no segundo tempo, mas foi pouco.
Perdeu o jogo.
Lira fechou seu time no primeiro tempo, sem marcar forte.
Apenas diminuiu os espaços.
E saia em rápidos contra ataques quando desarmava o time do Guarany.
Nesse aspecto Lira foi mais inteligente.
Rodrigo, o ala direito do Ferroviário, trafegava pelo lado esquerdo da defesa do Bugre sem pagar pedágio.
E quando o Tubarão da Barra saia em contra ataques, eram os meias que se apresentavam na cara do gol.
Os atacantes iam pelos lados.
Ricardo e João Neto abriam, quebrando a marcação de meio de zaga do Guarany.
E para a chegada dos homens de meio de campo do Ferroviário, que vinham de trás.
Leonardo e Diego foram as assombrações da defesa do Guarany, no primeiro tempo.
Leonardo fez o único gol com assistência de Ricardo.
Diego perdeu outro... Feito.
No segundo tempo a coisa inverteu
Polozzi corrigiu a marcação, aproximando um homem em Diego, principal criador de jogadas do Ferroviário.
E passou a cobrar pedágio para os avanços de Rodrigo, fechando sua passagem.
Diego sumiu, Rodrigo não repetiu o primeiro tempo e o Ferrão caiu de produção.
Guto ainda tentou dar mais empolgação, saindo lá de trás para ajudar na criação.
Mas estava muito longe para contaminar seus companheiros de ataque com o bom futebol que jogou.
Então o Guarany cresceu.
Junto com esse Ivan, que joga muito.
Mas ai quem usou todas as trancas e cadeados foi o Ferroviário.
Lira, com cautela, ganhou o jogo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O QUINTO ÁRBITRO.

As esquisitices do futebol cearense podem estar sendo levadas a extremos, por zelo demais ou presunção.
O técnico Arnaldo Lira, do Ferroviário, após o jogo contra o Fortaleza, fez uma grave denúncia sobre a arbitragem do futebol cearense.
Relatou que o quarto arbitro dispunha de um celular e, vez em quando, recebia ligações de uma pessoa, que o orientava sobre como frear o seu comportamento à beira do campo.
A qualquer reclamação do técnico do Ferroviário, uma ligação era recebida no celular do auxiliar.
Todos sabem que Lira reclama muito da arbitragem, e que pode até ter se deixado levar por complexo de perseguição pelos árbitros.
Todos sabem, também, que os treinadores do mundo inteiro reclamam da arbitragem.
Lá fora, como aqui, a maneira como essas reclamações são feitas, variam.
Alguns gesticulam espalhafatosamente, caso do Lira.
Outros falam impropérios contra os familiares dos árbitros e até os alcunham de ladrões.
Todos estão sujeitos as mesmas emoções de um mortal qualquer, à beira de um campo de futebol.
As punições contra essas manifestações e agressões sofridas pela arbitragem, variam conforme o peso do clube, do nome do treinador e da importância do jogo naquele momento.
Um técnico de futebol com os braços cruzados pode estar chamando um arbitro de ladrão sem que o torcedor perceba, sem chamar atenção.
Um gesto de um treinador pode significar apenas uma desilusão com uma jogada mal concluída.
Que o auxiliar, ali perto, percebeu, mas não levou em consideração.
Se há uma quinta pessoa, extra campo, dando pitaco a todo instante, influenciando na tomada de decisão do quarteto de arbitragem, sugerindo, cobrando, argüindo, ela pode induzir o auxiliar a tomar decisões precipitadas para agradá-lo.
E intranqüiliza a todos.
É uma esquisitice a mais nesse futebol, que já teve quatro campeões num só campeonato.
O futebol cearense, por causa do técnico Arnaldo Lira, passa a ter cinco árbitros.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

COMENTÁRIO.

Eletrizante como todos os clássicos.
Nervos à flor da pele com não podia deixar de ser.
Fortaleza e Ceará fizeram o grande jogo do domingo.
Pelos olhos do torcedor, viu-se pênalti não marcado, arbitro ajudando o adversário, jogador que merecia ser expulso, gols feitos perdidos, impedimentos que o auxiliar deixou passar, diretores reclamando da arbitragem...
Com outros olhos vi duas equipes querendo se superar, e ainda tentativas de fechar espaços que um ou outro deixava para o adversário.
No primeiro tempo o Fortaleza teve um espaço aberto pelo lado esquerdo da defesa alvinegra, explorou-o, mas de nada valeu em face do pouco poder de criação do ala tricolor, que mesmo de posse da bola, pouco produzia quando saia para o apoio.
Mesmo assim o Zé Teodoro ainda puxou o Alex Gaibu para fechar aquele lado.
Tivesse o Fortaleza um jogador mais criativo naquele setor, poderia ter tido mais sucesso.
Outro fator que pesou contra o Leão, quando saia para o ataque, foi o pouco apoio de seus meias.
Demoravam a chegar, quando iam.
Quase sempre ficavam os dois homens de frente – Bambam e Adailton para resolver tudo sozinhos.
Nesse mesmo tempo, o Ceará foi mais produtivo no setor de marcação, sobressaindo Michel, como sempre, e Chicão que saia mais para o apoio..
Os dois da criação, Gaibu e Geraldo, se aproximavam dos homens de frente, mas a principal jogada trabalhada pelo Zé Teodoro, não foi realizada.
Seria a caída de um jogador de velocidade nas costas de Eusébio, aproveitando as subidas desse jogador.
Misael seria o homem, mas não o fez.
Embora se observasse muito o treinador do Ceará pedindo que a jogada fosse feita.
E ainda houve uma bola na trave chutada pelo Sérgio Alves.
No segundo tempo, correções para uns, desarrumação para outros.
E dos dois lados
O Fortaleza abriu o setor de marcação e Alex Gaibu passeou por ali, enquanto teve gás.
O Ceará veio pelo meio e chegou sempre.
O primeiro gol foi assim, o segundo muito parecido.
Já as substituições do Ceará desarrumaram o time, apesar de ter vencido o jogo.
No Ceará cresce Alex Gaibu.
No Fortaleza Nerylon e Leandro devem voltar.
Rogério nunca deveria ter saído.
2 x 1 foi um resultado normal.

CURTAS & RÁPIDAS.

DESRESPEITO, PREPOTENCIA E LEVIANDADE.
Ferrão foi humilhado nas paginas do jornal O Povo, sexta-feira 30/01/09.
Foi colocado numa enquete com a banalidade de quem não tem responsabilidade sobre o que escreve, nem o mínimo respeito a quem vai ler.
O jornal fez uma gaiatice para tentar vender mais, e acabou sendo uma amostra grátis de desrespeito, prepotência e leviandade.

O DESRESPEITO
O Ferroviário pode ser um time bom, ruim, de muitos torcedores, poucos torcedores, poucos títulos, muitos vice-campeonatos, de pobres, ricos...
Mas merece respeito.

A PREPOTÊNCIA
O jornal tentou levar aos torcedores de outros clubes um mote para a chacota, achando-se acima da inteligência do torcedor.
Foi prepotente.

A LEVIANDADE
A própria enquete foi leviana.

FOI POUCO
E o Ferrão fez bonito no Cariri.
Ferrou o Icasa dentro de casa.
4 x 3 foi pouco para o que produziu o time de Arnaldo Lira.

GAIBU SÓ NÃO FEZ CHOVER
Alex Gaibu foi o homem do clássico entre Ceará e Fortaleza.
Criou, cobriu, apoiou bem e fez um belo gol.
Vive um bom momento.
Só não fez chover porque São Pedro se intrometeu.
Ou adivinhou.
Choveu o tempo todo.

A CHUVA NÃO ATRAPALHOU
Ninguém foi à Federação nem a administração do Castelão solicitar declaração de que o campo não tinha condições para o jogo.
E olhe que choveu bastante.
Mais do que aquela neblina daquela quarta-feira, lembram-se?
Também pudera.
Colocar um Ceará e Fortaleza numa quinta-feira seria demais.
Desta vez a chuva não atrapalhou.

FOI PINTO?
Pinto não tem pena.
Pinto tem canhão.
A jogada do gol do Alex Gaibu foi bonita, chute bom, mas aqui prá nós, se aquilo não foi frango, foi pinto.

DIEGO
Diego vem se constituindo no grande nome do Ferroviário.
Mais experiente, apesar de jovem, vem arrumando o meio campo coral e sendo o principal articulador das jogadas do Tricolor da Barra.
Até concluindo bem, como no jogo contra o Icasa

BATENDO BEM.
Cobrei muito que alguém treinasse Adailton em arremate.
Nos últimos jogos ele tem demonstrado mais eficiência nesse fundamento.
Ontem fez uma virada boa, de longe.
Um belo chute.
Quase surpreende Adilson.

VIRTUDES E DEFEITOS.
Fortaleza cresceu no segundo tempo com Eusébio, mas levava contra-ataques pelo mesmo lado.
Uma virtude evidenciando um defeito.
Aquela do jogador.
Este do treinador.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

COMENTÁRIO
A PROPÓSITO DE HORIZONTE E ITAPIPOCA
Futebol tem lógica, é sorte ou continua sendo uma caixinha de surpresa?
Se tiver lógica, não se deve jamais colocar a seleção brasileira para jogar contra o Tatumundé Futebol Clube.
Primeiro porque seleção brasileira é seleção brasileira, pentacampeã do mundo e, pelo que o próprio título já diz, com os melhores do mundo.
Segundo porque o Tatumundé!...
Bom, o Tatumundé é apenas mais um formado por onze, e um banco de sete reservas.
Mas, se o Tatumundé fosse um time voluntarioso, com uma excelente comissão técnica onde pontificasse um técnico com larga vivencia de futebol, inclusive tendo sido treinado por grandes treinadores, de quem absorveu conhecimentos de tática de jogo, de fundamentos elementares, posicionamento, etc. de tal forma que o Tatumundé pudesse jogar contra a seleção brasileira?
Ou se os jogadores do Tatumundé só tivessem mesmo uma excelente condição física e alguns com regular qualidade técnica?
Digamos que a seleção brasileira não conhecesse nosso velho Tatumundé, incluídos aí comissão técnica e dirigente, e o jogo fosse no maracanã lotado.
Mais uma situação contra o Tatumundé, porque o time jamais jogara em um estádio tão grande assim.
Começa o jogo e os milionários da seleção brasileira tocam prá lá, tocam prá cá, não correm, cozinham o galo...
Mas o Tatumundé corre atrás!
Marca forte, tenta sair às vezes tocando, às vezes bola longa, mas não desiste!
No segundo tempo, tem um jogador expulso.
E toma o primeiro gol já bem longe do segundo tempo.
1 x 0 para a seleção brasileira!...
Consultado, o comentarista da grande rede de televisão confirma:
É aquilo que eu previ. O futebol tem lógica, está jogando contra a seleção, com dez jogadores e ainda toma um gol!
‘Tá morto! Sentencia.
O Tatumundé não desiste.
E toma o segundo gol.
O torcedor do Tatumundé baixa a cabeça.
Os jogadores, não. Continuam brigando dentro de campo.
A um minuto do final do jogo o Tatumundé diminui.
O árbitro dá mais cinco de acréscimos.
A um minuto do final dos acréscimos o Tatumundé empata o jogo.
Incredulidade para toda a seleção brasileira, estupefação do comentarista e festa para o torcedor do Tatumundé.
Ouviu-se ainda uma amarela desculpa do comentarista: é... O futebol tem lógica, mas às vezes se torna uma caixinha de surpresa!
Faltou sorte à seleção, complementou.
Os jogadores e comissão técnica do Tatumundé sabiam que futebol não é uma coisa nem outra.
Tampouco sorte, nem exercício de adivinhação como querem alguns.
Futebol é trabalho.
Escrevo isso a propósito do jogo Horizonte e Itapipoca, realizado ontem, 31/01/09.

NOSSOS AMIGOS PATROCINADORES