ESTE É O BLOG DO CRONISTA ESPORTIVO MARTINS ANDRADE SOBRE O FUTEBOL CEARENSE.
FUTEBOL BAIÃO-DE-DOIS - O NOSSO FEIJÃO COM ARROZ.

domingo, 29 de novembro de 2009

O TORCEDOR ENGOLE
A torcida alvinegra não protestou. Mas não tem nada de bonito o novo uniforme.
Descaracterizado, nada a ver com alvinegro.
Só não sei se a torcida vai aceitar um novo codinome para a cor de suas camisas: amarelonegrino? Ouronegro? Preto-amarelo? Amarelo-preto?
Essas empresas que patrocinam uniformes de clubes deveriam tomar um chá de simancol.
O diabo é que os clubes aceitam.
E o torcedor engole...

O NEOLIBERALISMO DO FORTALEZA
Fortaleza caiu.
Ruiu a  experiencia de entronizar o neoliberalismo no futebol, do qual seu presidente é um adepto.
O clube mínimo, assim como o estado mínimo que eles tanto apregoam não deu certo.
No estado mínimo a população paga, hoje,  o descalabro dos serviços públicos serem controlados pelas próprias empresas prestadoras de serviços.
Já no clube mínimo, não existe a mínima possibilidade do craque ganhar o mesmo salário de um jogador mediano.
E o neoliberalismo jogou o Fortaleza na terceira divisão.

O HOMEM DE CRIAÇÃO
O Ceará voltou à série A do futebol brasileiro.
Fez uma belissima campanha ao longo do campeonato, onde o destaque foi o conjunto, a força coletiva. Ou aquilo que o torcedor conhece como: entrosamento.
Contudo, uma coisa ficou marcada ao longo da jornada e pendente para o próximo campeonato, valendo aí o estadual e o  brasileiro 2010: seu meio de campo criativo.
Não tem um jogador de ligação com qualidade para criar as jogadas para os homens de frente.
O que tem, virou ídolo mais pelos gols que marcou do que pela clarividência de seus passes.

O HOMEM É ÍDOLO
Para ser mais preciso, fui contar a eficiência do homem tido como armador do Ceará.
No jogo contra o Paraná, em 19/09/09, Geraldo pegou 18 vezes na bola: perdeu três delas; acertou 06 passes curtos(toque de lado) e errou 09 passes de média e longa distância.
O resto do jogo foi correndo de um lado para o outro do campo.
Além disso, não bate bem na bola.
A prova são os penaltis cobrados e seus passes. Erra demais, e não tem potência no chute.
Mas virou ídolo, que se pode fazer?

COM AS MÃOS SOLTAS
Depois de Emmanuel Gurgel, o atual mandatário alvinegro, Evandro Leitão, foi o único que teve a coragem de encarar certo profissional de rádio, que se diz falar em nome do Ceará Sporting.
Colocado no canto da parede para divulgar uma carta de apoio à candidatura do radialista, Evandro Leitão reagiu e não aceitou a ameaça. 
Queriam manipular políticameante a torcida alvinegra e, para isso, precisariam de uma carta do presidente, manifestando seu apoio ao preito do cidadão.
Evandro Leitão disse: não.
Evandro vai continuar com as mãos soltas.

MANIPULANDO O TORCEDOR
Por falar em Emmanuel Gurgel, lembro de uma frase sua, quando fomos até sua residência para tentar contornar a situação do confronto criado na época.
Na oportunidade, Emmanuel assim se manifestou sobre a manipulação do torcedor do Ceará por determinado radialista: "não sou fdp para colocar meu dinheiro no Ceará, e quando o time está bem o mérito vai para o fulano. Quando está mal, ele joga a torcida contra mim"
Em tempo: foram à residência do mandatário alvinegro, no Passaré, os radialistas Carlos Fred, Edmilson Maciel e Martins Andrade.

MOTA FALHOU
Yarley se aproveitou da vitrine que lhe foi dada pelo Goiás e pode ir para o Corinthians.
Já o atacante Mota não foi muito bem e vai esperar outra oportunidade.
Quem ficou triste foi meu amigo Clovis Dias, que esperava colocar os dois em grandes clubes.
Fica para a próxima.
Mota falhou.

CACHORRO QUE ACOA PNEU
Isturdia, como se diz lá no Ipu, escrevi aqui, que o Boiadeiro parecia cachorro que acoa pneu.
Corre, corre, quando chega perto do carro, para e volta com o rabo entre as pernas.
O Boiadeiro faz toda a jogada, mas na hora de concluir é um deus-nos-acuda. E volta com o rabo entre as pernas.
Traduzindo o ipuês: isturdia = outro dia.

MAIS IMPORTANTES DO QUE O CLUBE
Fui ontem, sábado, ao aeroporto apanhar uma pessoa da família,   e pude presenciar retorno do Fortaleza.
Ninguém a esperar.
No aeroporto, só o Manuel massagista colocando a bagagem num carro e muita tristeza.
Naquelas sacolas a decepção da queda para a terceira divisão.
Nem aqueles diretores empavonados, que mal falam com as pessoas nos dias de jogos do tricolor, apareceram.
Onde estarão?
Não aparentavam mais importância do que o clube?




domingo, 25 de outubro de 2009

FELIZ SEGUNDO MANDATO, PRESIDENTE!

Evandro Leitão é reeleito presidente do Ceará.

Nada mais merecedor para quem vem dando certo em um time vencedor.

Tecer loas quando as águas correm para o rio em seu percurso natural é fácil. O que não é de nosso feitio esse tipo de elogio.

Difícil é encontrar virtudes quando as águas extrapolam seus limites, e invadem, na contra mão, as emoções do torcedor mais apaixonado.

Agora é continuar o rumo vitorioso.

A primeira divisão está ali, do outro lado da cerca, e embora a vereda que a alcança esteja muito boa para completar a caminhada, requer cuidados.

Uma travessia que não depende só dele, presidente, mas de todos.

No time a força coletiva tem que continuar...

E prepare o coração, presidente, depois que passar para o outro lado, sua torcida não vai permitir o retorno.

É bom se prevenir. Nesse instante só há mãos para o afago.

E há pessoas, que o senhor conhece, que adorarão conduzir as mãos que o apedrejarão, no caso de um insucesso.

Feliz segundo mandato, presidente!

FORTALEZA - PERDENDO FORÇA.

 

Faltou habilidade no tricolor, no caso que envolveu o atacante Luis Carlos.

Bebida não retira jogador de time de futebol, e isso não é apologia em defesa dos alcoólatras.

Tampouco é incentivo negativo para os demais, que bebem.

O jogador alcoólatra pode não ter o mesmo rendimento físico dos que não bebem, porém o desempenho técnico pouco se altera.

O craque não deixa de saber jogar porque está de ressaca.

Onde já se viu isso?

O jogador de futebol deve ser escalado pelo que sabe fazer com uma bola nos pés.

Criando confusão ou não, a diretoria do clube tem que ter um pouco de criatividade/habilidade para contornar essa situação.

Por outro lado, jogador que joga pouco, deve cultuar o craque de seu time.

Enjoado ou não!

Quem jogou futebol sabe que o "bicho" vem dos pés do craque.

O "leite dos meninos" vem dos pés dos artilheiros, dos que fazem os gols, que às vezes nem craques são!

Retirar o atacante Luis Carlos do time foi uma tremenda pixotada.

Mas quem vai discutir se a história teria sido outro ou não, caso ele estivesse jogando contra o Bragantino?

O Fortaleza tem os dois maiores atacantes do futebol da segunda divisão brasileira.

Um vive doente e o outro embriagado, criando confusão, segundo a diretoria do próprio clube.

Os gols deles (23) somam quase a metade da artilharia produzida pelo Fortaleza na série B: 48.

O artilheiro da competição tem 15 gols, o Chico Confusão do Fortaleza tem 11.

Retirar do time um jogador com essa qualidade é querer zombar da sorte, se é que ela existe.

É o time na zona de rebaixamento e sua diretoria com uma bíblia na mão, punindo jogador que bebe, perdendo força.


FERROVIÁRIO E OS SACRIFICADOS

Ferroviário tateia fora dos trilhos, tentando encontrar uma estação, que lhe dê abrigo nesta difícil busca de rumos.

A saída de Paulo Wagner e a chegada de Renato Rocha na direção do querido clube da Barra, parece que não vai corrigir a encruzilhada em que foi metido o Ferroviário nos últimos anos.

Todo mundo que ali aportou, chegou com a alma e coração Tricolor Coral, jurando tudo para retornar o Ferroviário aos anos gloriosos de sua história.

Estavam ali porque torciam e sofriam pelo Tubarão da Barra.

E sacrificando seu  patrimômio para esse fim. 

Muitos chegaram com alma de torcedor e sairam com a de empreendedor.

Ou seja: ontem torcedor, hoje empresário de jogador de futebol.

Não há clube nenhum na face da terra, que resista a essa volúpia empresarial, a que o Ferroviário tem se submetido nos últimos anos.

É bem verdade que o dirigente que chega, se não tem o recurso financeiro, transborda idéias.

Mas há os que chegam com algum recurso, e logo, logo aprendem que ser empresário é bem melhor que jogar seu dinheiro no fogo para nunca mais reavê-lo.


Estão certos.

Mas vejam a situação do próprio Ferroviário.

Entra o torcedor na direção do clube, que sai como empresário, com um portfólio de jogadores maior do que o da agremiação que ele acabou de dirigir.

Muitos deles tomados do próprio clube, que se diz torcer.

Uns sacrificados!



sábado, 10 de outubro de 2009

RESPONSABILIDADE E MOTIVAÇÃO

Mais um passo foi dado pelo Ceará, ontem em Natal.

Um time de força coletiva como nunca se viu no futebol cearense, e que demonstra essa força de um modo singular.

A singeleza com que o time joga e pôe em prática essa força tem impressionado.

No elenco alvinegro o craque tem a mesma disposição do jogador regular: corre, volta, cobre, se desloca, passa e conclui.

Quando há força coletiva em time de futebol, os craques continuam tendo a diferença salarial justa, mas se alinham na batalha em campo, na briga pela bola.

E todos ganham.

O Ceará corre em busca da primeira divisão, não com a emoção dos que apenas buscam.

Corre com a responsabilidade dos que querem, super motivado.

CRAQUE QUE GANHA POUCO, ADOECE.

Tricolor de aço continua, hoje, sua via crucis.

As dificuldades encontradas pelo tricolor estiveram todas dentro de suas cercanias: ora criadas por sua diretoria; ora originadas da disposição do próprio elenco.

A primeira advinda de cópias de diretrizes ruins, já testadas no universo da economia e a segunda por deficiência técnica de alguns atletas postos à disposição da equipe.

Da primeira vieram as dificuldas para a manutenção de uma força coletiva já existente, advinda do final do campeonato.

Ao dilulir o time vencedor e dispensar jogadores da base da espinha dorsal, que davam uma certa sustentação técnica a equipe, além de querer igualar, dentro do clube, as condições financeiras às condições técnicas de certos jogadores, a diretoria do Fortaleza enveredou pela insustentável filosofia econômica, que acabou de falir o mundo financeiro, e está levando o Leão ao estado de humilhação de seus torcedores.

Da segunda, derivou a lastimável apresentação do Fortaleza, até agora, no campeonato brasileiro.

Não se paga com o mesmo dinheiro jogadores com categoria técnica diferenciada.

Sem querer citar nomes, mas jogador que faz a diferença, há que ter também diferença financeira em seu salário.

Craque que ganha pouco, adoece.

FERROVIÁRIO -  REDEFINIR SEU RUMO.

Paulo Wagner não é mais presidente do Ferroviário.

Deixa o clube com a mesma estatística de como entrou.

Isto é, nada ganhou com o time profissional.

Seis anos à frente dos destinos corais, onde chegou como mais um dos tantos inexperientes que por ali passaram, e saiu da mesma forma dos outros.

Se antes era um empresário bem sucedido em um certo ramo de atividade, somou mais um ao seu currículo: empresário de futebol.

É muito dificil ser dirigente de futebol hoje em dia.

Na sua carta renúncia Paulo Wagner fala de empresários que estão se afastando do futebol pela série de dificuldades encontradas. Ele incluído.

A família coral aguarda ansiosa por novidades.

A história do clube no futebol cearense não pode acabar.

Resta ao Ferroviário redefinir seu rumo.

sábado, 26 de setembro de 2009

UM SORRISO DE CONFIANÇA.

Fortaleza venceu.

Em viagem não pude conferir as mudanças ocorridas, a despeito de saber que o tricolor tinha novo comando.

De longe fui informado do resultado: 3 x 0 sobre o Campinense.

Bom resultado.

Bom, não. Excelente!

Quem vinha rastejando no limo da segunda divisão, pés atolado na areia movediça do grupo excludente, teimando em não querer dali sair, nem apresentar resultados que representassem essa intenção, e de repente uma vitória convincente e de goleada, já sinaliza uma respirada grande!...

No entanto, estive lendo opiniões sobre escalações e posicionamentos do time e fique curioso em saber que houve mudança no primeiro (posicionamento) e manutenção do segundo (escalações).

Fui ver esta última.

Cadê o Kiko, o Saulo?

Não eram esses os dois pegadores de frente de zaga, onde um era mais meia do que volante, e o outro não pegava ninguém?

Então mudou!

Foi por isso que não tomou nenhum gol.

Se mudou atrás, e a frente continuou como estava, marcando os gols do time, então a esperança já pode voltar ao seio da família tricolor.

Já se pode prever um sorriso de confiança.

domingo, 20 de setembro de 2009

O NEOLIBERALISMO NO FUTEBOL CEARENSE.

O estado do Ceará já foi o maior produtor de algodão do nordeste.

Brigava com Pernambuco para ser a segunda, e às vezes a terceira economia nordestina.

Havia um rebanho caprino/ovino que era notório no concerto nacional.

Tinha uma empresa de eletrificação levando energia mais barata para a população.

Mesmo seco e dominado por coronéis, havia certa riqueza nas fazendas do nosso sertão.

Hoje já não se fala mais em algodão no Ceará. Importa-se de qualquer lugar onde se plante e estamos conversados.

Nosso rebanho caprino anda meio mambembe.

Venderam a empresa de eletrificação e se paga a energia mais cara do país.

São poucos os fazendeiros que ainda resistem...

E, tristemente, somos os penúltimos em economia na região.

Só ganhamos, talvez, do Piauí.

Coisas do neoliberalismo aqui implantado.

 
Mas no futebol também se implantou esse sistema macroeconômico de administrar.

E foi o Fortaleza Esporte Clube, com a sua atual diretoria, o escolhido para o teste.

Lá, também, se diminuiu o tamanho do time, reduziram-se salários, craques foram mandados embora, os mais veteranos da equipe receberam o boné, como se diz na gíria do futebol, e fez-se a reengenharia administrativa bem ao modo da cartilha neoliberal de administrar.

A coisa empolgou de tal modo, que seu presidente ao vencer o campeonato cearense de 2009, no auge da vibração, bradou nos microfones que encontrou pelo caminho, que a maneira como administrava o Fortaleza, havia aprendido com seu guru Tasso Jereissati.

Quer dizer, o senador foi o espelho de administração que o presidente do Fortaleza adotou para conduzir os destinos do clube.

A crise econômica enterrou o neoliberalismo no mundo inteiro.

Mas se olharmos a posição econômica do estado do Ceará ao final do modelo neoliberal, e a compararmos com a situação do Fortaleza, vê-se que a lição foi bem aprendida.

O Fortaleza alterna posições na ponta de baixo da tabela da série em que participa.

Atualmente é o lanterna da competição.

O discípulo está sendo fiel ao mestre.



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A LÁGRIMA, A ASSINATURA DE AMOR DO TORCEDOR.

Estamos iniciando a 25ª rodada do brasileirão série B.

A festa que foi o iniciar da competição, passa a ser um nó na garganta dos que começam a sentir a corda no pescoço. Aqueles que fazem parte do cadastro dos quatro últimos colocados, e resistem em dali sair.

O torcedor de desespera.

Olha para baixo e não vê mais ninguém. Pro alto, todos os demais.

Tenta avaliar o que causou tamanho descompasso e começa achar culpados.

Passa a olhar o dirigente de seu time como um inimigo, que não tomou providencias no momento mais oportuno, e deixou o barco correr solto.

Compara-o com o do time rival e do outro lado só vê virtudes. Desde o dirigente deles, àquele jogador que durante o campeonato local era considerado um perna de pau.

Eles se organizaram melhor, penitencia-se o torcedor ultrajado em seu orgulho de torcedor.

Sozinho, compara adversários, avalia-os e conta nos dedos possíveis pontos a serem conquistados.

Evita os torcedores do time que está melhor na tabela de classificação, mas não se encoraja a discutir as possibilidades do seu.

Foge quando os outros festejam alegrias.

Se esconde quando a discussão envereda pelo novo desenho das futuras competições nacionais, e o seu time é citado como mais um a ser rebaixado.

Essa possibilidade faz seu coração disparar...  Uma adrenalina que ele não sabe de onde veio, mas que incomoda.

Humilhado, chora escondido. 

E essa lágrima tem a mesma função de um registro em cartório: significa que seu amor é eterno.

A lágrima é uma confirmação.
É a assinatura de amor do torcedor.









quarta-feira, 26 de agosto de 2009

CACHORRO QUE ACOA PNEU.

A rodada de ontem – 25/09, a 20ª da série B, dá bem a idéia do que serão os jogos desta reta final.

Cada jogo vai ficar marcado como uma corrida.

Os que estão à beira do cadafalso, metendo o pé na carreira, na tentativa de sair o mais rápido possível dessa coisa feia chamada degola, rebaixamento, o que quer que seja...

De outro lado, os que estão às portas do céu, fazendo de tudo para permanecer ali, na antevisão da sonhada primeira divisão.

As duas pontas da tabela de classificação funcionando como o céu e o inferno.

Para os torcedores cearenses, bem representados pelas massas alvinegras e tricolores de aço, a imagem é um pouco dessa dualidade de felicidade e decepção.

O Fortaleza foi mais uma vez a decepção.

Já escrevi aqui, um dia desses, que com os marcadores de meio de campo que ele tem, qualquer atacante faz uma festa danada em cima da defesa tricolor.

E quem já praticou futebol, mesmo pelos subúrbios, sabe que se um time tiver um marcador daquele tipo carrapato, pegando no calcanhar, fica difícil criar.

O Fortaleza não tem.

Um dos volantes é mais um sete e meia do que cinco. Isto é, joga mais para frente do que marca, no caso, o Kiko.

O outro não marca.

Um pouco mais atrás ficam os zagueiros se pegando com todos os santos para não tomar gols.

Mas, se santo ajudasse a time de futebol o Bahia não tinha caído, porque lá há um santo para cada dia da semana.

Era só rezar.

O Ceará, que enfrentou o Juventude de Caxias do Sul, perdeu dentro de casa uma chance de engordar pontos e ficar mais parrudo na tabela.

Fez um grande primeiro tempo, mas desperdiçou todas as chances criadas.

Contratou um grande atacante, que ainda carece de mais força coletiva para render o que sabe, e aproveitar o que o meio de campo cria.

E mais, sua comissão técnica precisa dizer para os meias que os gols marcados de fora da área também valem.

Por isso tem que chutar de meia distancia...

E mais curioso: tem um ala com fôlego de sete gatos e aproveitamento de finalização parecido com a fome de bichano de gente rica: nenhuma.

Boiadeiro, o ala de quem falo, inicia bem as jogadas pelo lado direito, se apresenta para o jogo e consegue chegar na cara do gol; ele, a trave e a glória como eu costumava dizer nos meus tempos de repórter de ponta de gol.

Mas é quando chega ali, no momento crucial para ele e sua equipe, que Boiadeiro não consegue definir.

Corre, batalha, mas na hora agá finaliza mal e volta cabisbaixo, gol perdido, torcida decepcionada.

Uma movimentação grandiosa para nada!...

Parecido com cachorro que acoa pneu.

sábado, 1 de agosto de 2009

A VISÃO DE FUTURO

DO FERROVIÁRIO

Os mais jovens não conheceram, ou talvez tenham ouvido apenas falar do América, o querido mesquinha da Dom Manoel.

Chegou a ser considerado um clube de médio porte e foi campeão cearense, quando passou por lá e o presidiu o falecido engenheiro e desportista José Lino da Silveira Filho.

O doutor Zé Lino, como era conhecido, fez um América maior do que ele podia ser: audacioso, grande, atrevido e campeão.

Tirou-lhe a mecha de time suburbano e deu-lhe a pompa de uma equipe de ponta no futebol cearense, imputando lhe respeito no concerto nordestino.

Para chegar a isso, mesclou prata e ouro.

A prata já existia a redor de suas estruturas, correndo nos campos deste grande garimpo, que é o futebol cearense.

O ouro ele foi buscar em outras jazidas, utilizando a bateia de sua visão para separar grandes craques, enxertar com a prata e fazer do América campeão cearense.

E fez!

Depois do doutor Zé Lino o mequinha passou para outras mãos e outras idéias.

As mãos que apararam o América, queriam transformar tudo que tocasse em dinheiro.

E a idéia era transformar o clube numa fábrica jogadores, onde num toque de Midas, cabeças de bagres se transformariam em ouro lapidado ou uma peça de diamante, cujo mercado era a indústria que mais crescia no mundo: a indústria do futebol.

Uma idéia ambiciosa para uma estrutura insignificante que o América voltara a ser.

Ocorre que para atingir esse objetivo, seus dirigentes não separavam mais a qualidade do material que lhes chegavam.

Qualquer cascalho era embalado nas camisas do America, fotografado, filmado e enviado para mercados, onde mercadorias ruins eram aceitas, desde que fossem originadas do maior centro exportador de jogadores do mundo: o Brasil.

O que resultou numa leva de jovens sonhadores, passando fome nos mais longínquos rincões da terra em nome de uma ambição por dinheiro fácil.

Quando a ficha caiu, o América morreu.

Mãos sem dinheiro sequer para manter o clube na primeira divisão do futebol; idéias que levaram o tradicional clube cearense à falência.

Ambição desmedida que o levou a perder a vida.

Falo do América pelo espelho do passado e vejo a imagem do Ferroviário oscilando na turbidez de minha visão de futuro.

Os atuais dirigentes do Ferroviário trafegam pela mesma rota de naufrágio do América.

Recebe a ganga de outras jazidas, trazidas por mãos ambiciosas, na tentativa de lapidar refugos, embalados pela camisa do querido clube coral.

Espelho ingrato, duro, cruel...

O America é a visão de futuro do Ferroviário.


sábado, 18 de julho de 2009

O CARDÁPIO DO EUSÉBIO.

Ainda não havia visto o Fortaleza nas quatro últimas partidas.
Estava curioso para saber porque muitos criticaram o treinador por colocar seis homens no meio campo, formando uma muralha de proteção à sua defesa.

Ouvi muitos comentários a respeito desse assunto nas últimas duas semanas.
Hoje vi, e agora sei porque o técnico Giba colocou seis homens para proteger sua defesa, e tenho a ligeira impressão que mais não colocou porque não podia.

Baseado no que vi em outras partidas, escrevi outro dia, que o meio campo do Fortaleza marca mal.

Outra reclamação que sempre fazem diz respeito a não escalação do jovem atleta Bismark.
Cobram sua presença em campo achando que há espaço para ele no elenco titular do tricolor.

Quem joga ao lado de Marcelo Nicácio? Wanderlei, Luis Carlos, Cristian? São dúvidas corriqueiras que se ouve todo dia.

Do que vi hoje, na derrota para o Atlético Goiano, pude compreender a dificuldade que o treinador Giba está tendo para colocar em campo o melhor que o Leão tem.
Mas não está fácil.

Os volantes do Fortaleza, pelo que demonstraram hoje, entram em campo como se estivessem acabado de chegar de um aniversário onde lhes serviram feijoada no almoço, panelada no jantar, um caldo de mocotó de sobremesa e cinco mangas coité na merenda.
Com aquela “mobilidade” e atenção em campo explica-se porque marcam tão mal.

O ala Maisena em certos momentos do jogo parecia que havia chegado de uma festa, e estava à beira do campo e, como não tinha ninguém, lhe deram o material e ele foi jogar: sem força física para acompanhar quem passava por ali, sem a mínima condição de servir um companheiro a cinco metros de distancia, passando mal a bola, foi o retrato do Fortaleza no final do jogo.

Quem viu o último gol do Atlético com certeza vai concordar com o que estou escrevendo...

E olha que o Giba ainda cobrava bravura dessa rapaziada: sejam homens! Se esgoelava à beira de campo.

A entrada do Bismark melhorou a saída de bola de meio campo, pelo lado direito, mas na hora do choque, lá estava ele de novo no chão.
Bismark não suporta um choque.

Alguém vai se interrogar: não tem nenhum elogio?
Tem sim. Eusébio

Come todo aquele cardápio que falei que os volantes comiam, e consegue correr.

É que Eusébio está acostumado...


CURTAS & RÁPIDAS


CEARÁ DE COM FORÇA.
Ceará correspondeu e venceu à Portuguesa.
P. C. Gusmão tem dado uma dinâmica fabulosa ao time alvinegro.
Criou no time a consciência da força coletiva e todos se matam em campo.
E os jogadores têm correspondido.

RESQUÍCIOS DE ESCRAVIDÃO
É proibido bebida no interior do estádio Castelão.
A lei deveria ser para todos, indistintamente.
Afastaram o Basílio do portão da Apcdec porque ele viu alguns próceres alvinegros se dirigindo a setor privilegiado a que tem direito, portando bebida.
E dedurou.
Alguns não gostaram.
É que a lei é para os arquibaldos.
Pediram a saída do Basílio
Resquícios de escravidão...

DEBAIXO D’ÁGUA
A chuva intensa que aconteceu durante o jogo do Ceará com a Portuguesa parece que não teve nenhuma influencia na movimentação alvinegra.
Ceará jogou como se fosse a Portuguesa lá em Sampa.

E EM SÃO PAULO NÃO CHOVE?
Cronistas paulistas criticavam alguns jogadores da Portuguesa porque alegaram que jogaram mal por causa da chuva. E em São Paulo também não chove? Isso não é desculpa. Em São Paulo também chove!

CHAMEM O DUDE
Com os volantes do Fortaleza jogando daquele jeito, vão já trazer o Dude.

BOIADEIRO NO SECO E NO MOLHADO
Alguns jogadores do Ceará, no jogo contra a Portuguesa, tiveram desempenho fora do comum.
Alguns repetiram o que a torcida e crônica já conhecem deles.
O caso do Michel, Fabrício, João Paulo.
Mas Boiadeiro excedeu. Quando queria faltar pernas, deslizava na água da chuva.
Foi o melhor.


ÊH, FERROVIÁRIO...
Ferroviário tem compromisso importantíssimo amanhã.
Um time que já foi da elite do futebol brasileiro, corre o risco de sequer se classificar para continuar numa quarta divisão.

CATANDO O DELE
Por falar em Ferroviário, onde andam os antigos cardeais corais, que não comparecem, senão com dinheiro, mas pelo menos com idéias para dar outra dimensão ao querido Tubarão?
Do jeito que a coisa vai, a recuperação está ficando cada vez mais difícil.
Entra um dirigente, que gasta certa quantia com o time e se recusa sair enquanto não se ressarcir do que empregou.
Vira uma bola de neve e a torcida é quem sofre.
E ele se eterniza enquanto tenta catar o dele.

A DUPLA DO FORTALEZA
Luis Carlos e Marcelo Nicácio devem formar a dupla de ataque do Fortaleza.
Pelo menos os dois têm sustança para enfrentar zagueiros parrudos que povoam a segundona.

E sabem fazer gols.
O resto não pode nem com a bola.

MISAEL, SEM PRESSA
Antes do final deste turno da segundona Misael será o titular do Ceará.
O trabalho que P. C. Gusmão está fazendo com ele é digno de elogios e demonstra que conhece.
Misael tem potencial, o que é fundamental, e o P. C. Gusmão lhe passa confiança. E ele vem correspondendo. Sem afobação para ser titular.
Isso dá amadurecimento ao jogador.
O gol que ele marcou ontem no Castelão espelha bem a feliz dualidade que está acontecendo entre treinador e jogador.
Quando entrar de vez, não sai mais.



domingo, 12 de julho de 2009

ATAQUE DE RUFIÕES.

Todo fazendeiro sabe e conhece um rufião.

Para quem não sabe, rufião é um animal que o fazendeiro usa para atiçar as vacas, deixando-as prontas para os outros touros montar.

Saindo da fazenda e entrando em campo de futebol, o Ceará tem vivido uma situação ímpar em relação ao aproveitamento de seus atacantes.

Ultimamente são os zagueiros que andam fazendo a diferença, marcando para o time do povo seus principais gols.

É bem verdade que gol pode ser marcado por qualquer um dos onze. Eles estão ali para isso mesmo. Mas é que na essência do futebol zagueiro defende, volantes marcam, meias criam e podem fazer gols e os atacantes são os responsáveis pelas conclusões.

Daí o nome de artilheiros para os homens de frente.

Nessas dez primeiras rodadas do brasileirão série B o Ceará mostrou-se um time criativo de oportunidades de gols.

As jogadas criadas apareceram, mas infelizmente poucas entraram.

Observa-se, entretanto, que salvo Preto, o segundo atacante do alvinegro nunca chega para definir com mais precisão.

Parece não ter o mesmo açodamento, traduzido em fome de gols, que outros atacantes demonstram.

Com isso o ataque se resume a apenas um jogador, praticamente entregue à sanha dos zagueiros, dificultando o aproveitamento das jogadas criadas pelo conjunto.

Essa falta de apetite de gols tem deixado o alvinegro em situação vexatória perante sua massa de torcedores, que vai ao estádio, grita, vibra e espera o momento extasiante do futebol, que é o gol. Mas ele quase não chega. E quando chega, vem pela complementação de zagueiros, como tem acontecido nos últimos jogos.

Mal comparando: se o gol adversário fosse uma vaca em cio e os atacantes do Ceará os touros encarregados de montarem esse animal para produzir uma prenhez, fazer a bola entrar, o momento não é muito bom para esses touros artilheiros do alvinegro.

Tem jogador ciscando lá por fora, custando a chegar na área, ou nem chegando no gol adversário para fazer a bola entrar...

Parecendo um ataque de rufiões.



CURTAS & RÁPIDAS.

DE ÓCULOS ESCUROS
As cadeiras novas do estádio Castelão têm causado transtorno ótico aos profissionais que trabalham na tribuna da imprensa e até cabines de rádio. É que por serem brancas causam reflexos, que vão exatamente para os olhos dos que têm que trabalhar de olhos bem abertos, obrigado-os ou fechar ou usar óculos escuros.

COISA PRETA
Atacante Preto está sendo engolido pelas defesas dos adversários. Sozinho contra dois ou três zagueiros fica difícil marcar.
A coisa está preta para o Preto

DOWNLOAD DE FILME RUIM.
O Fortaleza deu a entender que teria um surto de crescimento na série B.
Contudo os seus dois últimos jogos pareceu uma copia de um filme ruim.
Frisamos que contra o Ceara seus marcadores de meio de campo andaram mal das pernas. E continuam.
Não marcam ninguém.
O diabo é que os treinadores dos adversários começaram a querer cópias desse filme.
Tá todo mundo querendo uma cópia das atuações do Fortaleza.
E com o avanço da internet é só fazer um download.
É filme ruim, mas o adversário gosta.

ESQUECERAM O QUE TREINARAM.
Setoristas do Ceará alardearam que o técnico P. C. Gusmão havia treinado seus atletas em arremate ao gol.
Chutes curtos ou a média distância.
Parece que P. C. Gusmão esqueceu de falar para seus atletas que eles teriam que fazer a mesma coisa no jogo.
E os jogadores nem se lembraram!...

FERROVIÁRIO: QUO VADIS
Ferroviário enfrenta o Treze em Campina Grande, na Paraíba.
O Treze sempre formou um time bom.
Ferroviário mostra-se um time repetitivo.
Sempre com os mesmos jogadores, que vão ali para qualquer lugar do interior do nordeste, e sempre voltam para o ninho coral.
Jogadores que não apresentam nenhum crescimento técnico, e fisicamente continuam atletas mirrados.
Não vão para lugar nenhum.
Nem eles nem o Ferroviário.

ESPELHO DO MEQUINHA.
Ainda sobre Ferroviário.
Escrevi certa vez que seu presidente, quando lá chegou, tinha cara de bonachão, meio abobalhado, humilde...
Hoje de bobo só tem a cara.
Aprendeu rápido demais as manhas do futebol.
Agora é empresário de jogador.
Ainda vou voltar a este assunto, mas já, já, o Ferroviário vai ser o espelho do mequinha.
Um território livre para empresários de futebol, uma máquina de fazer jogadores ruins e um time medíocre.

Da maneira como joga Wellington Amorim, no Ceará, Misael é muito mais útil.
O maranhense é mais agudo, vai prá cima, e não fica lá atrás, deixando o outro companheiro entregue à zaga adversária.


O GOL NÃO SAI.
Não é bom ficar invertendo um homem de área por um meio campista.
Não se pode puxar um atacante para a armação e esperar que o meia seja o homem que sempre vá chegar para completar uma jogada de gol.
Isso só funciona se a jogada for bem treinada e não se tornar repetitiva no jogo.
Parece que é o que está acontecendo no Ceará, com a inversão de Wellington Amorim com Geraldo.
O primeiro vem armar, o segundo é quem está chegando para complementar.
Geraldo já não tem esse gás todo, imagina tendo que criar e chegar ao gol.
Vão matar o homem e o gol não sai.

EM NOME DA POLÍTICA.
Mota está de volta ao alvinegro.
Segundo consta é um jogador caro para os padrões do futebol cearense.
Mas tem mais alguma coisa por trás dessa transação, além de uma busca pela solução dos gols no ataque do Ceará.
O algo mais é o marketing político.
Nas entrevistas, de cada duas frases, uma era uma citação do nome do político que está por trás da contratação do atacante.

domingo, 5 de julho de 2009

DANDO CASCUDO
NO PEQUENO.


Parecia coisa de louco. Briga de menino grande contra um miúdo. Um se defendendo e outro dando porrada.

De um lado um time acuado, sem reação. De outro, um mais disposto, mais agudo, incisivo, atacando a todo instante.

O menino grande no jogo de ontem foi o Ceará, que atormentou o menino miúdo o tempo todo, não o deixando sair de casa, andando da sala para o quintal.

A postura do Ceará no primeiro clássico da série B foi ousada.

Com dois marcadores fortes, Michel e João Marcos não deixaram o Fortaleza iniciar jogadas criativas para explorar a velocidade de Wanderley, que ontem teve dois papéis: um de ser o homem de puxada de contra-ataque e o outro de tentar segurar as saídas de Fábio Vidal pelo lado esquerdo do Ceará.

Não foi nem uma coisa nem outra. Acabou substituído.

E mais: P. C. Gusmão deixou Esley e Geraldo flutuarem a vontade, confundindo o sistema de primeira marcação do tricolor e foi um Deus-nos-acuda.

Ao Fortaleza restou tocar para trás ou a velha rifa, que facilitou mais ainda os contra-ataques alvinegros.

Mas o Ceará, ontem, demonstrou que falta um atacante com certa tipologia física para a qualidade de jogo que utilizou.

O espaço que foi dado ao Boiadeiro ensejou muitas bolas altas, mas o biótipo dos atacantes do Ceará não permite melhores resultados; são de estatura mediana contra zagueiros altos.

A prova disso está no bom aproveitamento dos zagueiros alvinegros quando vão para as bolas altas na área adversária.

Mesmo assim as finalizações não estão sendo muito boas nas bolas baixas.

Viu-se ontem.

O Fortaleza que crescia, ontem demonstrou que necessita mais.

Primeiro: um jogador de meio de campo com mais habilidade e força para segurar bolas quando o passe de primeira não puder ser feito.

Segundo: melhorar a marcação de meio.
O pessoal dali mostrou-se lento demais, sobretudo quando havia a inversão do Geraldo com o Esley. Custavam a perceber e quando acordavam um dos dois já estava livre, com a bola dominada e um ala do Ceará já passava em velocidade para receber.

Foi desse jeito o jogo todo, e mesmo assim o pessoal de trás ainda garantiu o zero a zero. Com muita dificuldade, voltando jogo, tocando prá trás...

O resultado pode ser resumido pelos seguintes ângulos:

Para o torcedor alvinegro o lamento pelo não aproveitamento das oportunidades criadas. E não foram poucas;

Para os leoninos, a surpresa do time não ter rendido o suficiente para encarar o adversário de igual para igual, apesar do empate;

A mim pareceu rixa de menino grande com um pirroto medroso.

Não que o Fortaleza seja um time pequeno. Mas pareceu.

Toda vez que o pequeno via o grande, metia o pé na carreira prá trás.

Era o menino grande dando cascudo no pequeno.


CURTAS & RÁPIDAS

GUTO JOGA MAIS
Guto, que foi sacado do time de cima do Fortaleza, parece ter mais condições que Jaílson. Pelo menos é um jogador de mais força quando apóia e tem um passe melhor.
Se Jaílson for só aquilo que mostrou ontem, Guto faz falta.
Mas o torcedor não tem muito que reclamar.
Foi ele que vaiando, sacou o jogador do time.

SEM REBOTE
A marcação do Ceará foi tão forte que o Fortaleza não pegou um rebote, seja defensivo ou ofensivo.
Giba tem que treinar mais antecipação ao pessoal de meio.

DENTRO DA ÁREA
P.C. Gusmão mudou um pouco a característica de Wellington Amorim. Fê-lo jogar mais na área.
Jogar lá atrás é muito bom.
Ainda assim o Amorim quase marca no final.

BONDADE DO LOPES
Para o goleiro alvinegro o Fortaleza atacou muito.
Bondade do Lopes.
O primeiro chute dado pelos atacantes do Fortaleza aconteceu aos 3 minutos do segundo tempo.

NEM O TORCEDOR!...
Giba aos microfones: “Fortaleza rendeu abaixo do que se esperava, o Ceará foi melhor e não senti na minha equipe vontade de vencer!”
Nem o torcedor!...

CANTIGA DO MOTA
Mota com um pé no alvinegro, outro lá fora e as mãos juntas em forma de concha, cantando....
Dinheiro em mim
que sou fi de guaxinim!


sexta-feira, 26 de junho de 2009

DINHEIRO!

Sábado ou domingo, nesta ou na próxima semana, ou quando Deus quiser um dia, a eleição da FCF vai acontecer.
Estão nesta briga duas facções: uma da situação, que já manda na federação como se ela fosse uma herança; e uma oposição que chega provocando barulho pelo ineditismo da candidatura: um político mal acostumado ao futebol.
O que querem eles?
A situação quer a continuação do usufruto deste doce de coco com uma cobertura de creme de leite, que não faz mal a ninguém... E é saboroso!
E se pergunta: porque entregar a um estranho as gordas verbas da CBF, depositadas fielmente todo final de ano como pagamento das tantas e tantas reeleições antecipadas do “escroque” Ricardo Teixeira, homem indiciado em vários crimes de corrupção?
Porque entregar esta rapadura a um estranho, que mal sabe onde é um campo de futebol? Questionam-se os situacionistas. Que diabo vem fazer numa federação de futebol um cidadão acostumado a costurar acordos políticos, e de campo, se muito entende, é de criar bois? Insistem os homens da federação e seus aliados.
Qual o sentido de uma pessoa que nunca participou de decisões sobre assuntos de futebol, nunca emitiu ou manifestou qualquer opinião sobre a situação, condição e estado em que se encontra o futebol baião-de-dois, e de repente aparece dando as caras para dirigir este futebol que, imagina-se, pouco conhece?
Mirem-se na copa do mundo que vocês entenderão o porquê e terão a resposta.
Averigúem quem está por trás da candidatura e descubram que os dois grupos não brigam para levar o futebol cearense ao cume da elite do futebol brasileiro.
A briga é por outra coisa.
Quem está por trás da candidatura da oposição tem um lastro e um rastro igual ou quase igual ao de Ricardo Teixeira.
A copa do mundo vem aí e o grupo da oposição está vendo, não um riachinho Pajeú de dinheiro correndo nesta Fortaleza, mas um São Francisco escorrendo para os cofres de pessoas que o cearense bem conhece. Para os que não sabem, Pajeú é um riacho que corta ao meio a cidade de Fortaleza.
E eles querem estar à frente do comando da federação quando a copa do mundo chegar.
Ao candidato da situação resta estrebuchar.
E ele sabe que a coisa não é fácil porque é sobrinho do falecido ex-presidente Fares Lopes, e deve ter visto ou percebido as manobras feitas pelo grupo que o apoiava à época para vencer as eleições.
Este mesmo grupo que hoje é oposição.
Só para refrescar a memória do candidato atual, quando Fares Lopes candidatou-se, a situação dizia a mesma coisa: a reeleição eram favas contadas!
E o que aconteceu?
Presidentes de ligas interioranas, sempre preso umbilicalmente aos prefeitos, foram coagidos. Ou votam com o governo ou perdiam o bico nas prefeituras. Os que resistiram, perderam o mandato e o emprego porque os prefeitos cuidaram de colocar outros no lugar.
Fares Lopes venceu e os que estão na federação hoje, têm-na como uma capitania.
Herança dele, Fares Lopes.
A oposição de ontem é a mesma de hoje e com os mesmos propósitos.
É só imaginar na possibilidade de divulgação das empresas das pessoas envolvidas no grupo que faz oposição, nos contratos que podem ser feitos, nas cotas que caberão à federação, nas cifras que poderão render esta fabulosa indústria do futebol, principalmente numa copa do mundo, que a conclusão é uma só... Dinheiro!

sábado, 13 de junho de 2009

CEARÁ E FORTALEZA.
A TENDÊNCIA É DE CRESCIMENTO

Ceará empata e Fortaleza vence a primeira.

Que tem a ver tudo isso?

À primeira vista, resultados que ainda não somaram muito para as equipes cearenses.

Os dois continuam ali, na zona da indecência, em posição de coisa fêia... Entre os quantro que podem cair.

Mas para quem vê futebol por dentro, há sinais de mudanças, de coisas boas.

Observe: o Ceará jogava bem, criava mas a bola não entrava.

Perdia com a sensação que poderia ter tido um resultado melhor.

As boas atuações, mesmo com a derrota, servia como um xarope de enganação para o torcedor.

A rotina de pergunta e resposta do torcedor alvinegro era a de sempre:

"Como foi o jogo?"

"Ah, Ceará jogou bem mas perdeu!"

Já o torcedor do Fortaleza era mais circunspecto, fechado.

Na lanterna, amargando derrotas e mais derrotas, não havia ânimo que se agüentasse em pé.

Mas, porque mudou, se o Fortaleza venceu meio aperreado e o Ceará só empatou?

Notem que a bola do Ceará já começa a entrar.

Quando o final de uma jogada trabalhada acaba em gol, sinaliza que a equipe começa a demonstrar uma certa força coletiva.

Isso é bom. Faltava essa força, que começa a ser criada no time alvinegro.
Já com o tricolor, a catástrofe que se avizinhava, com a profusão de jogadas que sequer chegavam ao gol adversário, parece que vai ter fim.

Explico, justificando.

O time tricolor não tinha jogada de força. Falei aqui que jogadores leves, embora craques, dificilmente conseguem sucesso na profissão.

Ontem o Fortaleza colocou em campo jogadores bons e de força.

Quem viu umas duas ou três arrancadas do cambota Luis Carlos, vai entender porque alguma coisa começa a mudar também para o lado do Pici.

É que se houver melhora de criatividade, sem necessidade dos atacantes voltarem para buscar jogo; se a bola chegar em melhores condições para briga de área, o Fortaleza já tem esse jogadores: Luis Carlos e Marcelo Nicácio.

Força, arrancada, e aí é só esperar mais felicidade na conclusão.

Mas é preciso que os dois estejam a mais de 70% de suas condições físicas.
A meia boca como estavam no jogo de ontem, o time corre o risco de ser surpreendido.

Faz gol enquanto os atacantes estão inteiros, e toma quando são substituidos.

O que quero dizer é que, mesmo os dois ainda estando numa situação vexatória, na zona de rebaixamento, com as apresentações e não com os resultados de ontem, a tendência é de crescimento.


CURTA & RÁPIDAS

JOGADOR ESCOVINHA
Welligton Amorim desencantou.
Fez dois no jogo de ontem contra o Coritiba.
Bom sinal.
O finado Zé Chico, dono e treinador do Madureira, time suburbano que existiu no Bairro João XXIII, tinha uma frase para os centro-avantes que só jogavam fora da área, nunca entravam para dividir e só ficavam armando lá atrás: jogador escovinha.
Era o que estava parecendo o Wellington Amorim.

UM ALA DIREITO
É uma dificuldade tremenda que o Fortaleza tem na ala direita.
Um que saiba produzir melhor quando for apoiar, que faça a bola chegar com mais qualidade no atacante que se disponha a assistir, que seja mais eficiente...
Senão, prá que armar contra-ataques pelo lado direito, se na hora do passe final sai errado?

DE QUE ADIANTA?
Lembrar que agora, se não houver contusão, o ataque tricolor tem dois jogadores de finalização.
Ou a bola chega para eles numa boa condição, ou tudo que se está fazendo em termos de trabalhos táticos, vai esbarrar num passe mal feito, que acaba nos pés do zagueiro adversáio...
De que adianta?

JOGAR ALI É DIFÍCIL.
Castiho, já falecido, ex-seleção brasileira, ex-treinador do Fortaleza, várias copas do mundo no curriculo, costumava dizer que a bola mais difícil para o goleiro era a que vinha de longe, quando bem chutada. Forte...
"Quando a bola é chutada de longe, o goleiro geralmente não sabe onde está" dizia o Castilho.
"Quando ele procura se achar, a bola já está chegando, não dá mais tempo para nada".
Observem como os goleiros têm dificuldade de defender esse tipo de chute!
Estou falando nisso e me lembrando do gol que o Adilson tomou ontem.
Quem nunca jogou futebol vai dizer que, no mínimo a bola era fácil, quando não dizem que foi frango.
Pareceu, mas vai jogar lá?
Jogar ali é difícil!...

O POR QUÊ
Mirandinha fala o que quer.
Mirandinha toma posição, critica, xinga, briga, acusa, defende...
O presidente Lúcio Bonfim dizia ontem que o treinador foi sacado do time principal porque " o clima não estava bom para Mirandinha".
Pensava-se ser deficiência de conhecimentos técnicos-táticos.
Agora não perguntem mais o por quê.




quinta-feira, 11 de junho de 2009

REESCREVENDO

No dia 17 de maio de 2009 escrevi aqui no Blog esse curto e rápido comentário, que vai entre aspas ai embaixo.

Terça-feira, 09/06/2009, assistindo a um programa esportivo em uma televisão local - Fortaleza, fiquei chocado com o que vi.

Toda a preparação tática do treino do Fortaleza estava sendo exibida para o mundo inteiro assistir!

E ainda explicitando o que jogador tal vai fazer, por onde vai atacar, quem vai fazer o quê...

Vá fazer isso no Flamengo, Corinthians, Seleção Brasileira, nos Emirados Arábes, no Tatumundé!...

Faz não!

Lá tem assessor de imprensa que cuida, antes de tudo, do clube para o qual ganha dinheiro.

E não se preocupa com que os colegas dele vão dizer ou escrever sobre ele em suas matérias!

Permite uma tomada aqui, outra tomada ali, pega um movimento qualquer, mas exibir toda a jogada preparada pelo técnico, e ainda por cima comentar em cima do que está sendo mostrado é um desrespeito a um profissional, que passou noites em branco, pensado jogo, imaginando jogada para uma rede de TV em dois ou três minutos jogar tudo fora.

O treinador deveria cobrar algum direito na justiça, se é que tem.

Depois perguntam porque nossos clubes não chegam a lugar nenhum

A obrigação e a função de repórter é trazer informação, e ele está certo. Se deixaram que ele fizesse, a culpa não é muito dele.

O problema do Fortaleza é que tem diretor demais, alguns com uma empáfia maior do que o clube, cuidando de menos das coisas do tricolor.

Leiam o comentário do dia 17/05/09

"ESTOU COM OS TÉCNICOS
Uma perguntinha imbecil, inútil e sem nenhum sentido:
Qual é a importância de um cinegrafista filmar e gravar um treino de um time de futebol?

Um fotógrafo pode usar suas fotos para ilustrar uma matéria de jornal, mesmo porque nem todas serão publicadas.

Mas, e a gravação de um treino serve a quem?

E o técnico que passou noites sem dormir, imaginando jogadas para vencer o adversário, como fica ao vê-las expostas na televisão?

Jogadas técnicas são como fórmulas de bebidas, sente-se seus efeitos.

Nenhuma fórmula é revelada antes de se beber.

Por que no futebol tem que ser diferente?

Fico ao lado do técnico."

quarta-feira, 10 de junho de 2009

QUANDO SERÁ O CHOQUE?

Ciel está de volta ao Ceará.
Lembro-me de Artur.

Como os mais vividos nas coisas do futebol cearense sabem, Artur era dado a bebidas.
Parou de jogar mais continuou bebendo.

Quando deixou a bebida, eu quis saber como fez para dar o basta.
Isso aconteceu numa entrevista que fiz com ele no programa Show de Bola, na Rádio Verdes Mares, num sábado à noite.
Perguntei-lhe como fez para parar de beber.

Freqüentaste algum SPA? Foste a alguma dessas igrejas que operam milagres? Alcoólicos anônimos?
Não tinha ido a nenhum desses lugares, mas ao velho estádio Presidente Vargas.

O choque foi no PV.

Foi no PV que o milagre operou-se.
Como sempre fazia quando estava embriagado, ia ao PV filar uns trocados dos colegas que apareciam por lá.

Certo dia, sem haver bebido muito, foi novamente ao PV e, quando ia entrando, observou que os colegas se escondiam dele, por trás das colunas.
Então ele me falou: “Martins caí na real!”
“Pela primeira vez em minha vida descobri que estava me tornando INCONVENIENTE para meus amigos”.
“Aquilo me chocou!”, completou.

E finalizou, confessando: “disse para mim com uma fé tremenda: nunca mais ponho esse troço na boca!”
E parou de beber.

Falava em Ciel e o comparo a Artur, no tocante a bebida e ao futebol.
Joga muito...

Quanto à bebida, quando será o choque?



CURTAS & RÁPIDAS


TIRARAM O GOLEIRO.
No Fortaleza tiraram o Gilmak do time. Era o mais aguerrido da defesa.
O meio campo marca mal, a bola não chega aos atacantes, e quando chega, tem atacante que cai quando dá um chute.
O time anda mal...
Às favas com a lógica.
Tiraram o goleiro!

A CORDA VEM DOS MICROFONES
Estão pegando demais no pé de Geraldo, meio campista do Ceará.
Vi os dois últimos gols do alvinegro.
Todos começaram com jogadas iniciadas por Geraldo.
A corda vem dos microfones.


PARECE COISA...
Dizem que no Maranhão a macumba rola solta.
Croinha, ex-craque do Fortaleza, veio de lá e se deu bem.
Veio e trouxe a mulher.
Misael veio também do Maranhão e joga muito.
Alguém no Maranhão está querendo que o Misael volte.
O jogador não acerta!
Não acredito nessas bobagens, mas parece coisa...

NO CHÃO

Bismark é um daqueles jovens jogadores do Fortaleza que tem o principal da profissão:
É craque.
Mas também é um dos que mais caem em choque.
Dizem que quem joga ali, não precisa de força.
Era!
Hoje, mesmo tendo um corpo franzino, é imprescindível ficar em pé.
Ganhar dinheiro deitado, no chão, é com outra profissão.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A LANTERNA ESTÁ AÍ!

Pouco tenho falado de futebol, quando muitos falam demais e procuram explicações para a desandada atuação dos cearenses no brasileirão deste ano.
O campeonato brasileiro tem sido para nós o espelho do tipo de relacionamento que os clubes têm com as contratações que fazem.
Também revela um pouco da atenção que se dispensa à prata de casa.
Num e noutro caso, vamos mal.
Sobre as contrações, temos penado bastante com as conseqüências delas.
Inicia-se o ano com o oba-oba dos jogadores que chegam.
Muita mídia e expectativa para pouco futebol.
Dos que chegam, alguns se sobressaem e apresentam uma mediana de desempenho. Coisa que não enche muitos os olhos, mas dá para enganar o torcedor.
Para o nosso baião-de-dois, o nível dos que chegam dá para o gasto. Aqui e ali, um desponta com mais qualidade que os outros.
A maioria está na mediana mesmo.
Final do curto campeonato, lá se vai os que despontaram e os medianos!...
Fica quem? Os sujadores de materiais, jargão muito usado pelo falecido Célio Pamplona, ex-dirigente do Ferroviário, quando queria se referir a jogador ruim; os meninos da casa, que de maltratados passam a ser a grande esperança da reviravolta, e os dirigentes reclamando falta de dinheiro para investir em grandes jogadores.
Tudo logro!
Jogador ruim não bota faixa no peito, a não ser que os craques o ajudem. E os meninos... Ah os meninos são um capítulos à parte.
Ali começaram, ali vão ficar. Poucos irão a algum lugar porque no nosso futebol, ou o jogador nasce parrudão para enfrentar os tanques de guerra das zagas adversárias, no caso dos atacantes, ou vão ser condenados a não ir para lugar algum.
Nenhum dos nossos clubes atentou para o detalhe da força física.
Neste mesmo espaço já falei muito nisso.
Algumas pessoas acham que estou querendo que os clubes fabriquem carregadores de beira de cais, estivadores.
Não é nada disso.
Jogador precisa ter força física, precisa ter condição de segurar um tranco do adversário.
Não é o que acontece com nossos jovens atletas. Chegam mirrados nos clubes. Alguns tangidos pelas necessidades da vida, vão praticar um esporte que requer corpo são, forte, mas não encontram isso nos clubes onde iniciam sua caminhada para um futuro de sonhos.
Estive olhando alguns desses atletas, sobretudo do Fortaleza.
Nota-se um forte potencial para o desenvolvimento de uma profissão tão auspiciosa. Mas, cadê a força física?
Não se queira um jogador com físico de lutador de boxe. Tampouco com jeito de gladiador romano, mas existe condição de se dar ao atleta a resistência para o choque.
Sem isso, eles passam ao largo das pequenas áreas. Jogam lá atrás...
Não são bestas!
Quando um deles arranca com bola dominada, o zagueiro vem, dá um tranco e ele cai. Isso quando não cai sozinho, na hora do chute!
Vai pra onde?
Ele e o clube vão prá onde?
A lanterna está aí!

NOSSOS AMIGOS PATROCINADORES