ESTE É O BLOG DO CRONISTA ESPORTIVO MARTINS ANDRADE SOBRE O FUTEBOL CEARENSE.
FUTEBOL BAIÃO-DE-DOIS - O NOSSO FEIJÃO COM ARROZ.

domingo, 12 de julho de 2009

ATAQUE DE RUFIÕES.

Todo fazendeiro sabe e conhece um rufião.

Para quem não sabe, rufião é um animal que o fazendeiro usa para atiçar as vacas, deixando-as prontas para os outros touros montar.

Saindo da fazenda e entrando em campo de futebol, o Ceará tem vivido uma situação ímpar em relação ao aproveitamento de seus atacantes.

Ultimamente são os zagueiros que andam fazendo a diferença, marcando para o time do povo seus principais gols.

É bem verdade que gol pode ser marcado por qualquer um dos onze. Eles estão ali para isso mesmo. Mas é que na essência do futebol zagueiro defende, volantes marcam, meias criam e podem fazer gols e os atacantes são os responsáveis pelas conclusões.

Daí o nome de artilheiros para os homens de frente.

Nessas dez primeiras rodadas do brasileirão série B o Ceará mostrou-se um time criativo de oportunidades de gols.

As jogadas criadas apareceram, mas infelizmente poucas entraram.

Observa-se, entretanto, que salvo Preto, o segundo atacante do alvinegro nunca chega para definir com mais precisão.

Parece não ter o mesmo açodamento, traduzido em fome de gols, que outros atacantes demonstram.

Com isso o ataque se resume a apenas um jogador, praticamente entregue à sanha dos zagueiros, dificultando o aproveitamento das jogadas criadas pelo conjunto.

Essa falta de apetite de gols tem deixado o alvinegro em situação vexatória perante sua massa de torcedores, que vai ao estádio, grita, vibra e espera o momento extasiante do futebol, que é o gol. Mas ele quase não chega. E quando chega, vem pela complementação de zagueiros, como tem acontecido nos últimos jogos.

Mal comparando: se o gol adversário fosse uma vaca em cio e os atacantes do Ceará os touros encarregados de montarem esse animal para produzir uma prenhez, fazer a bola entrar, o momento não é muito bom para esses touros artilheiros do alvinegro.

Tem jogador ciscando lá por fora, custando a chegar na área, ou nem chegando no gol adversário para fazer a bola entrar...

Parecendo um ataque de rufiões.



CURTAS & RÁPIDAS.

DE ÓCULOS ESCUROS
As cadeiras novas do estádio Castelão têm causado transtorno ótico aos profissionais que trabalham na tribuna da imprensa e até cabines de rádio. É que por serem brancas causam reflexos, que vão exatamente para os olhos dos que têm que trabalhar de olhos bem abertos, obrigado-os ou fechar ou usar óculos escuros.

COISA PRETA
Atacante Preto está sendo engolido pelas defesas dos adversários. Sozinho contra dois ou três zagueiros fica difícil marcar.
A coisa está preta para o Preto

DOWNLOAD DE FILME RUIM.
O Fortaleza deu a entender que teria um surto de crescimento na série B.
Contudo os seus dois últimos jogos pareceu uma copia de um filme ruim.
Frisamos que contra o Ceara seus marcadores de meio de campo andaram mal das pernas. E continuam.
Não marcam ninguém.
O diabo é que os treinadores dos adversários começaram a querer cópias desse filme.
Tá todo mundo querendo uma cópia das atuações do Fortaleza.
E com o avanço da internet é só fazer um download.
É filme ruim, mas o adversário gosta.

ESQUECERAM O QUE TREINARAM.
Setoristas do Ceará alardearam que o técnico P. C. Gusmão havia treinado seus atletas em arremate ao gol.
Chutes curtos ou a média distância.
Parece que P. C. Gusmão esqueceu de falar para seus atletas que eles teriam que fazer a mesma coisa no jogo.
E os jogadores nem se lembraram!...

FERROVIÁRIO: QUO VADIS
Ferroviário enfrenta o Treze em Campina Grande, na Paraíba.
O Treze sempre formou um time bom.
Ferroviário mostra-se um time repetitivo.
Sempre com os mesmos jogadores, que vão ali para qualquer lugar do interior do nordeste, e sempre voltam para o ninho coral.
Jogadores que não apresentam nenhum crescimento técnico, e fisicamente continuam atletas mirrados.
Não vão para lugar nenhum.
Nem eles nem o Ferroviário.

ESPELHO DO MEQUINHA.
Ainda sobre Ferroviário.
Escrevi certa vez que seu presidente, quando lá chegou, tinha cara de bonachão, meio abobalhado, humilde...
Hoje de bobo só tem a cara.
Aprendeu rápido demais as manhas do futebol.
Agora é empresário de jogador.
Ainda vou voltar a este assunto, mas já, já, o Ferroviário vai ser o espelho do mequinha.
Um território livre para empresários de futebol, uma máquina de fazer jogadores ruins e um time medíocre.

Da maneira como joga Wellington Amorim, no Ceará, Misael é muito mais útil.
O maranhense é mais agudo, vai prá cima, e não fica lá atrás, deixando o outro companheiro entregue à zaga adversária.


O GOL NÃO SAI.
Não é bom ficar invertendo um homem de área por um meio campista.
Não se pode puxar um atacante para a armação e esperar que o meia seja o homem que sempre vá chegar para completar uma jogada de gol.
Isso só funciona se a jogada for bem treinada e não se tornar repetitiva no jogo.
Parece que é o que está acontecendo no Ceará, com a inversão de Wellington Amorim com Geraldo.
O primeiro vem armar, o segundo é quem está chegando para complementar.
Geraldo já não tem esse gás todo, imagina tendo que criar e chegar ao gol.
Vão matar o homem e o gol não sai.

EM NOME DA POLÍTICA.
Mota está de volta ao alvinegro.
Segundo consta é um jogador caro para os padrões do futebol cearense.
Mas tem mais alguma coisa por trás dessa transação, além de uma busca pela solução dos gols no ataque do Ceará.
O algo mais é o marketing político.
Nas entrevistas, de cada duas frases, uma era uma citação do nome do político que está por trás da contratação do atacante.

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