ESTE É O BLOG DO CRONISTA ESPORTIVO MARTINS ANDRADE SOBRE O FUTEBOL CEARENSE.
FUTEBOL BAIÃO-DE-DOIS - O NOSSO FEIJÃO COM ARROZ.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

DINHEIRO!

Sábado ou domingo, nesta ou na próxima semana, ou quando Deus quiser um dia, a eleição da FCF vai acontecer.
Estão nesta briga duas facções: uma da situação, que já manda na federação como se ela fosse uma herança; e uma oposição que chega provocando barulho pelo ineditismo da candidatura: um político mal acostumado ao futebol.
O que querem eles?
A situação quer a continuação do usufruto deste doce de coco com uma cobertura de creme de leite, que não faz mal a ninguém... E é saboroso!
E se pergunta: porque entregar a um estranho as gordas verbas da CBF, depositadas fielmente todo final de ano como pagamento das tantas e tantas reeleições antecipadas do “escroque” Ricardo Teixeira, homem indiciado em vários crimes de corrupção?
Porque entregar esta rapadura a um estranho, que mal sabe onde é um campo de futebol? Questionam-se os situacionistas. Que diabo vem fazer numa federação de futebol um cidadão acostumado a costurar acordos políticos, e de campo, se muito entende, é de criar bois? Insistem os homens da federação e seus aliados.
Qual o sentido de uma pessoa que nunca participou de decisões sobre assuntos de futebol, nunca emitiu ou manifestou qualquer opinião sobre a situação, condição e estado em que se encontra o futebol baião-de-dois, e de repente aparece dando as caras para dirigir este futebol que, imagina-se, pouco conhece?
Mirem-se na copa do mundo que vocês entenderão o porquê e terão a resposta.
Averigúem quem está por trás da candidatura e descubram que os dois grupos não brigam para levar o futebol cearense ao cume da elite do futebol brasileiro.
A briga é por outra coisa.
Quem está por trás da candidatura da oposição tem um lastro e um rastro igual ou quase igual ao de Ricardo Teixeira.
A copa do mundo vem aí e o grupo da oposição está vendo, não um riachinho Pajeú de dinheiro correndo nesta Fortaleza, mas um São Francisco escorrendo para os cofres de pessoas que o cearense bem conhece. Para os que não sabem, Pajeú é um riacho que corta ao meio a cidade de Fortaleza.
E eles querem estar à frente do comando da federação quando a copa do mundo chegar.
Ao candidato da situação resta estrebuchar.
E ele sabe que a coisa não é fácil porque é sobrinho do falecido ex-presidente Fares Lopes, e deve ter visto ou percebido as manobras feitas pelo grupo que o apoiava à época para vencer as eleições.
Este mesmo grupo que hoje é oposição.
Só para refrescar a memória do candidato atual, quando Fares Lopes candidatou-se, a situação dizia a mesma coisa: a reeleição eram favas contadas!
E o que aconteceu?
Presidentes de ligas interioranas, sempre preso umbilicalmente aos prefeitos, foram coagidos. Ou votam com o governo ou perdiam o bico nas prefeituras. Os que resistiram, perderam o mandato e o emprego porque os prefeitos cuidaram de colocar outros no lugar.
Fares Lopes venceu e os que estão na federação hoje, têm-na como uma capitania.
Herança dele, Fares Lopes.
A oposição de ontem é a mesma de hoje e com os mesmos propósitos.
É só imaginar na possibilidade de divulgação das empresas das pessoas envolvidas no grupo que faz oposição, nos contratos que podem ser feitos, nas cotas que caberão à federação, nas cifras que poderão render esta fabulosa indústria do futebol, principalmente numa copa do mundo, que a conclusão é uma só... Dinheiro!

sábado, 13 de junho de 2009

CEARÁ E FORTALEZA.
A TENDÊNCIA É DE CRESCIMENTO

Ceará empata e Fortaleza vence a primeira.

Que tem a ver tudo isso?

À primeira vista, resultados que ainda não somaram muito para as equipes cearenses.

Os dois continuam ali, na zona da indecência, em posição de coisa fêia... Entre os quantro que podem cair.

Mas para quem vê futebol por dentro, há sinais de mudanças, de coisas boas.

Observe: o Ceará jogava bem, criava mas a bola não entrava.

Perdia com a sensação que poderia ter tido um resultado melhor.

As boas atuações, mesmo com a derrota, servia como um xarope de enganação para o torcedor.

A rotina de pergunta e resposta do torcedor alvinegro era a de sempre:

"Como foi o jogo?"

"Ah, Ceará jogou bem mas perdeu!"

Já o torcedor do Fortaleza era mais circunspecto, fechado.

Na lanterna, amargando derrotas e mais derrotas, não havia ânimo que se agüentasse em pé.

Mas, porque mudou, se o Fortaleza venceu meio aperreado e o Ceará só empatou?

Notem que a bola do Ceará já começa a entrar.

Quando o final de uma jogada trabalhada acaba em gol, sinaliza que a equipe começa a demonstrar uma certa força coletiva.

Isso é bom. Faltava essa força, que começa a ser criada no time alvinegro.
Já com o tricolor, a catástrofe que se avizinhava, com a profusão de jogadas que sequer chegavam ao gol adversário, parece que vai ter fim.

Explico, justificando.

O time tricolor não tinha jogada de força. Falei aqui que jogadores leves, embora craques, dificilmente conseguem sucesso na profissão.

Ontem o Fortaleza colocou em campo jogadores bons e de força.

Quem viu umas duas ou três arrancadas do cambota Luis Carlos, vai entender porque alguma coisa começa a mudar também para o lado do Pici.

É que se houver melhora de criatividade, sem necessidade dos atacantes voltarem para buscar jogo; se a bola chegar em melhores condições para briga de área, o Fortaleza já tem esse jogadores: Luis Carlos e Marcelo Nicácio.

Força, arrancada, e aí é só esperar mais felicidade na conclusão.

Mas é preciso que os dois estejam a mais de 70% de suas condições físicas.
A meia boca como estavam no jogo de ontem, o time corre o risco de ser surpreendido.

Faz gol enquanto os atacantes estão inteiros, e toma quando são substituidos.

O que quero dizer é que, mesmo os dois ainda estando numa situação vexatória, na zona de rebaixamento, com as apresentações e não com os resultados de ontem, a tendência é de crescimento.


CURTA & RÁPIDAS

JOGADOR ESCOVINHA
Welligton Amorim desencantou.
Fez dois no jogo de ontem contra o Coritiba.
Bom sinal.
O finado Zé Chico, dono e treinador do Madureira, time suburbano que existiu no Bairro João XXIII, tinha uma frase para os centro-avantes que só jogavam fora da área, nunca entravam para dividir e só ficavam armando lá atrás: jogador escovinha.
Era o que estava parecendo o Wellington Amorim.

UM ALA DIREITO
É uma dificuldade tremenda que o Fortaleza tem na ala direita.
Um que saiba produzir melhor quando for apoiar, que faça a bola chegar com mais qualidade no atacante que se disponha a assistir, que seja mais eficiente...
Senão, prá que armar contra-ataques pelo lado direito, se na hora do passe final sai errado?

DE QUE ADIANTA?
Lembrar que agora, se não houver contusão, o ataque tricolor tem dois jogadores de finalização.
Ou a bola chega para eles numa boa condição, ou tudo que se está fazendo em termos de trabalhos táticos, vai esbarrar num passe mal feito, que acaba nos pés do zagueiro adversáio...
De que adianta?

JOGAR ALI É DIFÍCIL.
Castiho, já falecido, ex-seleção brasileira, ex-treinador do Fortaleza, várias copas do mundo no curriculo, costumava dizer que a bola mais difícil para o goleiro era a que vinha de longe, quando bem chutada. Forte...
"Quando a bola é chutada de longe, o goleiro geralmente não sabe onde está" dizia o Castilho.
"Quando ele procura se achar, a bola já está chegando, não dá mais tempo para nada".
Observem como os goleiros têm dificuldade de defender esse tipo de chute!
Estou falando nisso e me lembrando do gol que o Adilson tomou ontem.
Quem nunca jogou futebol vai dizer que, no mínimo a bola era fácil, quando não dizem que foi frango.
Pareceu, mas vai jogar lá?
Jogar ali é difícil!...

O POR QUÊ
Mirandinha fala o que quer.
Mirandinha toma posição, critica, xinga, briga, acusa, defende...
O presidente Lúcio Bonfim dizia ontem que o treinador foi sacado do time principal porque " o clima não estava bom para Mirandinha".
Pensava-se ser deficiência de conhecimentos técnicos-táticos.
Agora não perguntem mais o por quê.




quinta-feira, 11 de junho de 2009

REESCREVENDO

No dia 17 de maio de 2009 escrevi aqui no Blog esse curto e rápido comentário, que vai entre aspas ai embaixo.

Terça-feira, 09/06/2009, assistindo a um programa esportivo em uma televisão local - Fortaleza, fiquei chocado com o que vi.

Toda a preparação tática do treino do Fortaleza estava sendo exibida para o mundo inteiro assistir!

E ainda explicitando o que jogador tal vai fazer, por onde vai atacar, quem vai fazer o quê...

Vá fazer isso no Flamengo, Corinthians, Seleção Brasileira, nos Emirados Arábes, no Tatumundé!...

Faz não!

Lá tem assessor de imprensa que cuida, antes de tudo, do clube para o qual ganha dinheiro.

E não se preocupa com que os colegas dele vão dizer ou escrever sobre ele em suas matérias!

Permite uma tomada aqui, outra tomada ali, pega um movimento qualquer, mas exibir toda a jogada preparada pelo técnico, e ainda por cima comentar em cima do que está sendo mostrado é um desrespeito a um profissional, que passou noites em branco, pensado jogo, imaginando jogada para uma rede de TV em dois ou três minutos jogar tudo fora.

O treinador deveria cobrar algum direito na justiça, se é que tem.

Depois perguntam porque nossos clubes não chegam a lugar nenhum

A obrigação e a função de repórter é trazer informação, e ele está certo. Se deixaram que ele fizesse, a culpa não é muito dele.

O problema do Fortaleza é que tem diretor demais, alguns com uma empáfia maior do que o clube, cuidando de menos das coisas do tricolor.

Leiam o comentário do dia 17/05/09

"ESTOU COM OS TÉCNICOS
Uma perguntinha imbecil, inútil e sem nenhum sentido:
Qual é a importância de um cinegrafista filmar e gravar um treino de um time de futebol?

Um fotógrafo pode usar suas fotos para ilustrar uma matéria de jornal, mesmo porque nem todas serão publicadas.

Mas, e a gravação de um treino serve a quem?

E o técnico que passou noites sem dormir, imaginando jogadas para vencer o adversário, como fica ao vê-las expostas na televisão?

Jogadas técnicas são como fórmulas de bebidas, sente-se seus efeitos.

Nenhuma fórmula é revelada antes de se beber.

Por que no futebol tem que ser diferente?

Fico ao lado do técnico."

quarta-feira, 10 de junho de 2009

QUANDO SERÁ O CHOQUE?

Ciel está de volta ao Ceará.
Lembro-me de Artur.

Como os mais vividos nas coisas do futebol cearense sabem, Artur era dado a bebidas.
Parou de jogar mais continuou bebendo.

Quando deixou a bebida, eu quis saber como fez para dar o basta.
Isso aconteceu numa entrevista que fiz com ele no programa Show de Bola, na Rádio Verdes Mares, num sábado à noite.
Perguntei-lhe como fez para parar de beber.

Freqüentaste algum SPA? Foste a alguma dessas igrejas que operam milagres? Alcoólicos anônimos?
Não tinha ido a nenhum desses lugares, mas ao velho estádio Presidente Vargas.

O choque foi no PV.

Foi no PV que o milagre operou-se.
Como sempre fazia quando estava embriagado, ia ao PV filar uns trocados dos colegas que apareciam por lá.

Certo dia, sem haver bebido muito, foi novamente ao PV e, quando ia entrando, observou que os colegas se escondiam dele, por trás das colunas.
Então ele me falou: “Martins caí na real!”
“Pela primeira vez em minha vida descobri que estava me tornando INCONVENIENTE para meus amigos”.
“Aquilo me chocou!”, completou.

E finalizou, confessando: “disse para mim com uma fé tremenda: nunca mais ponho esse troço na boca!”
E parou de beber.

Falava em Ciel e o comparo a Artur, no tocante a bebida e ao futebol.
Joga muito...

Quanto à bebida, quando será o choque?



CURTAS & RÁPIDAS


TIRARAM O GOLEIRO.
No Fortaleza tiraram o Gilmak do time. Era o mais aguerrido da defesa.
O meio campo marca mal, a bola não chega aos atacantes, e quando chega, tem atacante que cai quando dá um chute.
O time anda mal...
Às favas com a lógica.
Tiraram o goleiro!

A CORDA VEM DOS MICROFONES
Estão pegando demais no pé de Geraldo, meio campista do Ceará.
Vi os dois últimos gols do alvinegro.
Todos começaram com jogadas iniciadas por Geraldo.
A corda vem dos microfones.


PARECE COISA...
Dizem que no Maranhão a macumba rola solta.
Croinha, ex-craque do Fortaleza, veio de lá e se deu bem.
Veio e trouxe a mulher.
Misael veio também do Maranhão e joga muito.
Alguém no Maranhão está querendo que o Misael volte.
O jogador não acerta!
Não acredito nessas bobagens, mas parece coisa...

NO CHÃO

Bismark é um daqueles jovens jogadores do Fortaleza que tem o principal da profissão:
É craque.
Mas também é um dos que mais caem em choque.
Dizem que quem joga ali, não precisa de força.
Era!
Hoje, mesmo tendo um corpo franzino, é imprescindível ficar em pé.
Ganhar dinheiro deitado, no chão, é com outra profissão.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A LANTERNA ESTÁ AÍ!

Pouco tenho falado de futebol, quando muitos falam demais e procuram explicações para a desandada atuação dos cearenses no brasileirão deste ano.
O campeonato brasileiro tem sido para nós o espelho do tipo de relacionamento que os clubes têm com as contratações que fazem.
Também revela um pouco da atenção que se dispensa à prata de casa.
Num e noutro caso, vamos mal.
Sobre as contrações, temos penado bastante com as conseqüências delas.
Inicia-se o ano com o oba-oba dos jogadores que chegam.
Muita mídia e expectativa para pouco futebol.
Dos que chegam, alguns se sobressaem e apresentam uma mediana de desempenho. Coisa que não enche muitos os olhos, mas dá para enganar o torcedor.
Para o nosso baião-de-dois, o nível dos que chegam dá para o gasto. Aqui e ali, um desponta com mais qualidade que os outros.
A maioria está na mediana mesmo.
Final do curto campeonato, lá se vai os que despontaram e os medianos!...
Fica quem? Os sujadores de materiais, jargão muito usado pelo falecido Célio Pamplona, ex-dirigente do Ferroviário, quando queria se referir a jogador ruim; os meninos da casa, que de maltratados passam a ser a grande esperança da reviravolta, e os dirigentes reclamando falta de dinheiro para investir em grandes jogadores.
Tudo logro!
Jogador ruim não bota faixa no peito, a não ser que os craques o ajudem. E os meninos... Ah os meninos são um capítulos à parte.
Ali começaram, ali vão ficar. Poucos irão a algum lugar porque no nosso futebol, ou o jogador nasce parrudão para enfrentar os tanques de guerra das zagas adversárias, no caso dos atacantes, ou vão ser condenados a não ir para lugar algum.
Nenhum dos nossos clubes atentou para o detalhe da força física.
Neste mesmo espaço já falei muito nisso.
Algumas pessoas acham que estou querendo que os clubes fabriquem carregadores de beira de cais, estivadores.
Não é nada disso.
Jogador precisa ter força física, precisa ter condição de segurar um tranco do adversário.
Não é o que acontece com nossos jovens atletas. Chegam mirrados nos clubes. Alguns tangidos pelas necessidades da vida, vão praticar um esporte que requer corpo são, forte, mas não encontram isso nos clubes onde iniciam sua caminhada para um futuro de sonhos.
Estive olhando alguns desses atletas, sobretudo do Fortaleza.
Nota-se um forte potencial para o desenvolvimento de uma profissão tão auspiciosa. Mas, cadê a força física?
Não se queira um jogador com físico de lutador de boxe. Tampouco com jeito de gladiador romano, mas existe condição de se dar ao atleta a resistência para o choque.
Sem isso, eles passam ao largo das pequenas áreas. Jogam lá atrás...
Não são bestas!
Quando um deles arranca com bola dominada, o zagueiro vem, dá um tranco e ele cai. Isso quando não cai sozinho, na hora do chute!
Vai pra onde?
Ele e o clube vão prá onde?
A lanterna está aí!

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