ESTE É O BLOG DO CRONISTA ESPORTIVO MARTINS ANDRADE SOBRE O FUTEBOL CEARENSE.
FUTEBOL BAIÃO-DE-DOIS - O NOSSO FEIJÃO COM ARROZ.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A LANTERNA ESTÁ AÍ!

Pouco tenho falado de futebol, quando muitos falam demais e procuram explicações para a desandada atuação dos cearenses no brasileirão deste ano.
O campeonato brasileiro tem sido para nós o espelho do tipo de relacionamento que os clubes têm com as contratações que fazem.
Também revela um pouco da atenção que se dispensa à prata de casa.
Num e noutro caso, vamos mal.
Sobre as contrações, temos penado bastante com as conseqüências delas.
Inicia-se o ano com o oba-oba dos jogadores que chegam.
Muita mídia e expectativa para pouco futebol.
Dos que chegam, alguns se sobressaem e apresentam uma mediana de desempenho. Coisa que não enche muitos os olhos, mas dá para enganar o torcedor.
Para o nosso baião-de-dois, o nível dos que chegam dá para o gasto. Aqui e ali, um desponta com mais qualidade que os outros.
A maioria está na mediana mesmo.
Final do curto campeonato, lá se vai os que despontaram e os medianos!...
Fica quem? Os sujadores de materiais, jargão muito usado pelo falecido Célio Pamplona, ex-dirigente do Ferroviário, quando queria se referir a jogador ruim; os meninos da casa, que de maltratados passam a ser a grande esperança da reviravolta, e os dirigentes reclamando falta de dinheiro para investir em grandes jogadores.
Tudo logro!
Jogador ruim não bota faixa no peito, a não ser que os craques o ajudem. E os meninos... Ah os meninos são um capítulos à parte.
Ali começaram, ali vão ficar. Poucos irão a algum lugar porque no nosso futebol, ou o jogador nasce parrudão para enfrentar os tanques de guerra das zagas adversárias, no caso dos atacantes, ou vão ser condenados a não ir para lugar algum.
Nenhum dos nossos clubes atentou para o detalhe da força física.
Neste mesmo espaço já falei muito nisso.
Algumas pessoas acham que estou querendo que os clubes fabriquem carregadores de beira de cais, estivadores.
Não é nada disso.
Jogador precisa ter força física, precisa ter condição de segurar um tranco do adversário.
Não é o que acontece com nossos jovens atletas. Chegam mirrados nos clubes. Alguns tangidos pelas necessidades da vida, vão praticar um esporte que requer corpo são, forte, mas não encontram isso nos clubes onde iniciam sua caminhada para um futuro de sonhos.
Estive olhando alguns desses atletas, sobretudo do Fortaleza.
Nota-se um forte potencial para o desenvolvimento de uma profissão tão auspiciosa. Mas, cadê a força física?
Não se queira um jogador com físico de lutador de boxe. Tampouco com jeito de gladiador romano, mas existe condição de se dar ao atleta a resistência para o choque.
Sem isso, eles passam ao largo das pequenas áreas. Jogam lá atrás...
Não são bestas!
Quando um deles arranca com bola dominada, o zagueiro vem, dá um tranco e ele cai. Isso quando não cai sozinho, na hora do chute!
Vai pra onde?
Ele e o clube vão prá onde?
A lanterna está aí!

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