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domingo, 20 de julho de 2008

O G-4 DE CIMA.

Fortaleza perde para a Ponte Preta em pleno Castelão... Mais uma vez
Mais uma vez o tricolor mostrou desarrumação em seu meio de campo.
Falamos daqui que havia uma incerteza entre os dois homens encarregados de combate à frente dos zagueiros. Citamos os casos de Erandi/Rogério, Erandi/Leandro que teimavam em sair os dois, deixando os zagueiros ao deus-dará.
No jogo contra a Ponte Preta este problema de quem ficava, pareceu mais ou menos resolvido.
Outro problema se mostrou evidente, difícil de ser percebido por leigos em futebol, porém de uma importância extraordinária para quem o pratica e comanda, e que já falamos também neste blog: não há armadores no Fortaleza.
Erandi tenta fazer isso detrás, os adversários já perceberam e anulam essa jogada que o bom volante do Fortaleza tenta.
O técnico Barbiere bem que tentou, trazendo para a armação Eusébio, que com certeza alguém deve ter soprado em seu ouvido que, na base, jogava naquela posição.
Eusébio é um jogador que tem um bom toque de bola, alguma habilidade, mas falta-lhe força física para executar com mais perfeição aquela função. Há momentos no jogo que um meia precisa proteger a bola antes de tocá-la, esperando um deslocamento, ou necessitando de fazer uma jogada mais apurada. Se não tem como ter a posse de bola, acaba perdendo-a, ensejando contra-ataques, sacrificando os companheiros para tentar recuperá-la.
Raul também citamos em um comentário nosso, não tem um bom passe, e hoje mostrou que também não tem uma boa posse de bola. Perde com facilidade. Tem como condição para sua permanência como titular do tricolor apenas o bom arremate de longa ou meia distancia. Pode ser muita coisa para ele, Raul, porém muito pouco para um time, entendendo-se como time, o todo.
Da ausência de bons meias no Fortaleza resulta que os atacantes ficam sem receber, ou quando recebem, têm que resolver sozinhos;
ou a defesa tem que trabalhar mais em face dos constantes contra-ataques dos adversários.
O jogo de hoje mostrou isso.
Raul passeou dentro de campo, Eusébio não teve forças para suplantar seus marcadores, e Erandi de tanto correr para tentar recuperar bolas, pasmem, pregou.
A defesa do Fortaleza virou presa fácil para os atacantes da Ponte Preta.
Escolheram o lado esquerdo da defensiva tricolor e chegavam em tabelas rápidas, dois ou três, com um homem surpresa entrando em velocidade pelo meio, surpreendendo o zagueiro da cobertura.
Fizeram quatro. Valeram três.
Derrubaram Luis Carlos Barbieri, que sai sem nenhuma vitória e deixa o Leão do Pici quase na lanterna da série B.
A torcida se apavora. Time no G-4 de baixo começa a ter pesadelo com a terceira divisão.
É bem verdade que está longe, mas o tricolor tem que arrumar um lenço de competência e colocar no nariz porque a poeira vai começar a incomodar mais ainda.
Os clubes que se arrumaram no inicio da competição, vão aos poucos ganhando força coletiva e crescendo no campeonato.
Ao Fortaleza resta, ainda nesta primeira volta, retomar o crescimento de jogo, sob pena de comer poeira quando a curva do desespero tomar conta dos participantes. Sobretudo aqueles que ainda não encontraram a feliz estrada do G-4 de cima.

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