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sábado, 18 de outubro de 2008

AMARRADOS NA BARREIRA

Você haverá de me recriminar por usar este termo, mas foi um jogo de dois tempos, na verdadeira acepção da palavra.

Primeiro tempo morno, sem emoção, um time tentando sair, a Ponte Preta; o outro ficando, tentando sair numa boa, caso do Fortaleza.

Do lado da Ponte Preta parecia que alguns jogadores haviam recebido ordens para chutar de longe, talvez não acreditando muito no Tiago Cardoso.

Foram duas bolas de meia distância.

Pelo Fortaleza, Josimar criava mais, arriscava mais.
Deixou por duas vezes os companheiros na cara do gol, usando a expressão de jogueiros.

Raul tentou em bola parada, uma de suas especialidades.

Aliás, Raul só tem uma qualidade, o chute.

Tanto de bola parada, quanto de bola rolando...
Pega bem.

Ademais, marca mal, não é um bom lançador e lhe falta habilidade para jogar ali.

Time tricolor sentiu a ausência de alguns titulares, perdeu força.

Já não tem tanta, ainda mais com os desfalques.

Joga com um atacante mais fixo, homem de choque, o Adailton, e o Rinaldo fica girando.

Só, que hoje a coisa ficou difícil.

Adailton continuou homem de choque e Rinaldo ficou estático, paradão.

Facilitou tudo para a defesa da Ponte.

No desenrolar do primeiro tempo, pensei com meus botões: Heriberto deve estar titica com o Rinaldo e arrependido por não ter colocado os garotos na frente.

Na saída do primeiro tempo estrilou: vou mudar e tirar o Rinaldo!

O ser humano teu que ser ousado e Heriberto foi mais que isso.

Sacou o ídolo do time e mudou a historia do jogo.

Segundo tempo deu Osvaldo do começo ao fim.

Mesmo a Ponte tendo aberto o marcador, foi Osvaldo quem deu o colorido da partida.

Entrou, passou a flutuar nas costas dos alas da Ponte, sobretudo o ala direito, coisa que o Rinaldo não conseguiu fazer quando estava em campo.
Aliviou a pressão da Ponte, uma vez que a bola passou a ficar mais tempo na frente.

E veio a compensação pela luta.

Sofreu o primeiro pênalti numa falta, quando disputou uma bola praticamente perdida pelo lado esquerdo.

Foi para a cobrança e converteu.

Outra bola pelo lado esquerdo, porque tinha espaço por ali, invadiu a área em velocidade, foi aterrado, pênalti.

Mais uma vez converteu.

O problema do Fortaleza, com a ausência dos titulares, ficou por conta da atuação de quem entrou.

Josimar, que se houvera bem no primeiro tempo, arriou no segundo;

Raul, nada acrescentou ao que fizera no primeiro tempo.

Deixaram a marcação praticamente a cargo do Rogério.
Ficou difícil segurar.

O empate da Ponte Preta veio numa falta, que o já cansado zagueiro Bruno Costa cometeu.

O curioso é que a barreira que a zaga do Fortaleza vem fazendo não serve para nada.

Quem está sofrendo com isso é o goleiro Tiago Cardoso.

A barreira abre, não tem goleiro bom nessas bolas, não.

É a segunda vez que isso acontece.

Daqui por diante, para não tomar gols de bola parada em faltas contra o Fortaleza, Heriberto vai ter que levar corda para amarrar seus jogadores na barreira, se possível pelos pés.


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