COMENTÁRIO.

Ferroviário surpreendeu.

O dono do jogo, segundo expectativas, era o Ceará.

Antes de a bola rolar, a melhor individualidade técnica era do alvinegro.

Quando a bola começou a rolar, observou-se que algumas dessas individualidades não correspondiam.

Havia lentidão na saída de bola do Ceará, e pouca ou quase nenhuma cobertura nas jogadas de lado, que o Ferroviário demonstrou que se utilizaria muito delas, no decorrer da partida.

No Ceará, Misael era o homem de referencia para os contra-ataques em velocidade, que se utilizava do lado esquerdo da defesa do Ferroviário.

E deu certo toda vez que a jogada saia por ali.

Porque o Ceará não insistiu mais com essa jogada, não se sabe.

Preferiu sair pelo lado esquerdo com o Fábio Vidal, mesmo sabendo que ali o Ferroviário se fechara, colocando um volante como ala – Valter; um volante cobrindo – Wilson, e um volante - Robson, para ser o homem de saída de bola.

Esses três jogadores do Ferroviário saiam em bloco, tão logo a bola fosse tomada ou desarmada uma jogada do Ceará.

Valter virava um verdadeiro ala, Wilson ficava e Robson era meia.

Quando a jogada do Ceará era feita pelo lado esquerdo da defesa do Ferroviário, obrigava Wilson passar para o outro lado para cobrir.

Na maioria das vezes Misael levou vantagem pela rapidez e habilidade.

A surpresa do Ferroviário decorreu do fato de ter dois jogadores velozes na frente – João Neto e Léo Jaime, dois jogadores de extrema habilidade no meio campo: Diego e Leonardo, e como já falei, os homens de marcação que saiam em bloco.

Sem chutões o Ferroviário chegava em toques.

De preferência pelos lados, já que não havia cobertura pelo Ceará.

O Ceará só foi acordar e ajustar a marcação lá pelos 31 minutos do primeiro tempo.

Fechou mais os lados e forçou o pessoal de meio campo a trabalhar, virando bolas para o flanco onde Misael estava bem.

Por ali saiu várias jogadas perigosas do alvinegro, inclusive o gol.

Se houve uma coisa que assustou ao Ceará foi a velocidade dos dois atacantes do Ferroviário, Léo Jaime e João Neto, quando desciam pelos flancos.

E a chegada pelo meio, dos meias, em apoio aos atacantes.

Se fica inteiro o jogo todo, o Ferroviário, pelo que jogou com onze, demonstrou que poderia surpreender mais ainda no segundo tempo.

CURTAS & RÁPIDAS.

LEÃOZINHO NÃO DECEPCIONOU
A meninada do Leão está de volta.
Fez bonito na Copa São Paulo de Juniores.
O torcedor sempre quer mais, infelizmente a decisão foi para as penalidades, aí não deu.
De qualquer forma, tricolor marcou presença mais uma vez na competição e não decepcionou.

CHUTANDO COM O CALCANHAR
Atacante Adailton tem que treinar mais arremate.
Desde quando subiu para o time de cima do Fortaleza, observamos que o jogador não tem uma boa batida na bola.
Isso ficou mais patente no gol que fez contra o Flamengo, quando bateu mal na bola, mas teve a felicidade da defesa rubro negra se enganchar sozinha e a bola entrar.
E nas cobranças de penalidades, quando decidia a vaga para o tricolor contra o Atlético Paranaense.
Adailton bateu a penalidade com o calcanhar.

GUARANY VIVE
Clodoaldo definiu mais uma vez.
E fez o Horizonte voltar para a planície da humildade.
Com dois gols assinalados, o atacante do Guarany sobralense mandou recado para os comandados de Argeu dos Santos: o Guarany está vivo!

AINDA RODIZIO DE FRANGO
Continua o rodízio de frango patrocinado pelos goleiros nessas três primeiras rodadas.
Sábado mais um.
Do Fortaleza contra o Boa Viagem.
Marleudo, goleiro do Boa Viagem.
Êh, Marleudo!...

SOPRADOR DE APITO I
Arbitragem do futebol cearense anda capengando.
O Boa Viagem foi prejudica pelo árbitro no jogo contra o Fortaleza.
Teve uma penalidade a seu favor, não marcada pelo árbitro.
E um dos gols do Fortaleza o jogador estava impedido.

SOPRADOR DE APITO II
No Jogo Ceará e Ferroviário, Clássico da Paz, o árbitro Cleston Santino não assinalou uma penalidade contra o Ceará, quando o zagueiro alvinegro atirou-se contra a bola num chute em direção ao gol.
Ele não estava parado com o braço colado ao corpo.
Ele foi para a bola, que desviou em sua mão, quando ia em direção ao gol.

DESCONHECIDOS
Lira falou, ao final do jogo, que ainda estava ajustando o time, que havia jogadores que ele ainda não conhecia, e por isso alguns não respondiam o que ele esperava.
Agora, com nove jogadores em campo, porque Robson havia sido expulso e Diego quebrou, colocar esse Ricardo para andar em campo...
E Guto, um jogador mais habilidoso, rápido, mais conhecido, no banco.
É muito desconhecimento...

JUIZ DE PELADA
O árbitro Cleston Santino, pelo que foi falado pelos jogadores, é muito ruim mesmo.
Fabrício o chamou de juiz de pelada.

A MORAL DE JEFFERSON
Sérgio Alves disse, ao final do jogo, que Jefferson é quem manda no futebol cearense.
Manda na Federação, na arbitragem...
E quase apita o jogo!
É muita moral!

DESCULPA DE JACU
Antes de iniciar o segundo tempo o árbitro Cleston Santino conversava com os jogadores do Ferroviário.
Talvez explicando porque não deu a penalidade a favor do Tubarão.
Desculpa de jacu.

COMITÊ POLÍTICO
Um político já mudou os dias dos jogos do Ceará, passando-os de quarta-feira para as quintas-feiras para ajudar na sua campanha de reeleição, uma vez que se elege com os votos da torcida alvinegra.
A federação atendeu.
Vira já um comitê político!

A CAMISA POLÍTICA
No clássico de ontem, o mando de jogo era do Ferroviário, que tinha o direito, segundo regulamento, de jogar com seu uniforme número um.
Segundo o presidente do Ferroviário Paulo Vagner, ele já havia acertado como o do Ceará, na véspera, para que isso fosse obedecido.
Na hora do jogo, veio a corda lá não sei de onde, que o Ceará entraria em campo com seu uniforme também número um.
À beira do campo um representante da federação também ajudava a embolar as coisas, destacando que o Ferroviário teria que mudar suas camisas.
Era a política mais uma vez entrando em cena.
E a federação pegando corda em busca de um apoio de qualquer lugar.
Só que do mandacaru onde os membros da federação estão querendo sombra, só vão ter espinhos.
A camisa política quase entra em campo.
Ainda bem que o Ceará tem um presidente equilibrado e fez obedecer ao regulamento.